O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) recebeu um duro recado do presidente Lula (PT) sobre o PL dos Cassinos.
O governo quer que o projeto de lei que prevê a liberação de cassinos terrestres, bingos, apostas em corridas de cavalo e outras modalidades, seja votado ainda esse mês, antes do recesso parlamentar.
De acordo com algumas fontes ouvidas pela CNN, “não há chances disso acontecer”.
Resistência
A votação continua paralisada por culpa, principalmente, da chamada bancada religiosa que é forte entre os senadores. A proposta é, justamente, para autorização e funcionamento de cassinos, bingos e até mesmo o jogo do bicho no Brasil.
O texto já foi até aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda não seguiu para o Plenário.
O relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), não para de percorrer a Esplanada na busca de apoio. Conforme pesquisas feitas pelo senador, os jogos podem render até R$ 22 bilhões ao longo do tempo.
Técnicos do Ministério da Justiça expressaram preocupações com a legalização do jogo do bicho e outros jogos semelhantes. Esse ambiente de liberação do jogo possui alguns pontos negativos, como o risco de vício.
Além disso, os senadores de oposição não estão convencidos. Eles questionam os benefícios econômicos prometidos e temem os possíveis impactos negativos na sociedade.
Apostas do Governo Federal
Mas, por outro lado, os pontos positivos são bastante atrativos e o governo aposta nesses argumentos para convencer os parlamentares. Segue abaixo os benefícios que a população pode ter vindo do projeto de lei.
- Arrecadação: A estimativa de R$ 22 bilhões em arrecadação ao longo dos anos.
- Turismo: A expectativa de que cassinos e bingos possam impulsionar o turismo e gerar empregos.
- Controle: A promessa de um rigoroso controle e regulamentação dos jogos para evitar problemas como vício e crime organizado.
Para Pacheco, não há pressa para votar o PL dos Cassinos
Para o presidente do Senado, não há pressa para apreciar o projeto dos cassinos. “Esse tema cumpriu a fase das comissões, agora é realmente encontrar uma data para se pautar no plenário do Senado Federal. Esse tema já está suficientemente pensado, quem é a favor e quem é contra”, disse o presidente do Senado.
Portanto, quando questionado sobre a possibilidade de votar o projeto antes do recesso, Pacheco foi claro ao mencionar outras prioridades.
“Não precisa ter pressa nisso. Nós podemos votar perfeitamente depois do recesso. Mas que ele será votado, será, porque, tendo passado pela Câmara, pela CCJ do Senado, havendo uma pré-disposição do Executivo que temos que medir à votação,” concluiu.
