‘Carimba esse dinheiro para a Educação’, diz Edinho Silva em defesa da taxação de sites de apostas (1).png

O ex-ministro das Comunicações, entre 2015-2016, Edinho Silva – atualmente prefeito de Araraquara e um dos cotados para assumir a Secretaria Especial de Comunicação Social do governo – afirmou que os valores arrecados pelos sites de apostas podem ser utilizados para a educação e outras áreas da sociedade.

“Como que estamos falando de crianças fora de escola e talvez hoje a maior avalanche de apostas que o Brasil já viveu sendo feita fora do país sem nenhuma tributação?”, questionou o político.

“Há estudos que dizem que só a regulamentação dos jogos geraria ao Brasil R$ 23 bilhões já primeiro ano. Com R$ 23 bilhões nós teríamos um programa de compensação educacional para essas crianças que ficaram fora da escola na pandemia. Eu defendo isso”, acrescentou Edinho.

Foi aprovado um decreto que autorizava a operação de sites de apostas no País em 2018 – sob o governo de Michel Temer (MDB). Porém, ainda não existe uma regulamentação clara e completa sobre a a atividade no Brasil. A lei prevê que as marcas de apostas que atuam em solo nacional estejam sediadas em outros países, assim como a hospedagem dos domínios e que não pode haver ponto físico de jogo. 

“Eu defendo isso. Você carimba esse dinheiro para educação e para infraestrutura educacional. Não é só remunerar o professor. É melhorar a merenda. Não adianta fazer o 4G chegar na escola pública se não tiver equipamento. Só internet circulando na escola sem equipamento não adianta nada”, defendeu o prefeito. 

Edinho pontuou ainda a necessidade de criar um “selo SUS” para o cigarro, e que o dinheiro recolhido pela taxação seja direcionado para a Saúde. 

“Tem uma fila de exames e cirurgias eletivas gerada pela pandemia. Por que não criamos o selo SUS no cigarro? Você tem um produto mais nocivo à saúde pública do que o cigarro?” — afirmou o ex-ministro. — Todo ano o cigarro gera doença cardiorrespiratória, que gera exame, que gera cirurgia. Por que o cigarro não paga uma parte desse custo do SUS?”, questionou.