Recentemente, a coluna de Lauro Jardim, no O Globo, deu indícios de que algo não está indo muito bem para o decreto de regulamentação das apostas esportivas: “Deu ruim na edição da Medida Provisória que o governo editaria na semana passada para regulamentar o setor de apostas feitas por meio digital — e que o obrigaria a pagar impostos”, abre a coluna.
Segundo o colunista, após uma costura realizada por Ciro Nogueira com líderes evangélicos para explicar o teor e importância da MP, ou seja, que essa medida não significa a legalização completa de todos jogos de apostas, Jair Bolsonaro acabou por ‘travar’ o envio dessa proposta ao Congresso.
O deputado Marco Feliciano, um dos líderes da bancada evangélica, afirmou ao presidente que é contra uma MP sobre as apostas, chegando a pedir que o presidente segure a assinatura do decreto.
A regulamentação das apostas esportivas é o principal foco do setor no Brasil, e a defesa do tema continua se superando e dominando uma grande parte da cena política em Brasília, chegando até mesmo ao ponto de colocar o presidente Jair Bolsonaro como um ‘refém’ da bancada evangélica, que exige certas atitudes do político.
O texto do decreto presidencial que regulamenta as apostas esportivas no Brasil segue sendo a única sinalização que poderia ser implementado de imediato no setor, para que assim o país passasse a receber os impostos sobre a atividade.
A agenda eleitoral e sua influência na regulamentação das apostas esportivas
Diversas questões políticas acabam ficando em um entrave quando estamos pertos da eleições, pois geralmente uma agenda política está prevista a acontecer, o que, no momento, está atrapalhando andamento do decreto das apostas esportivas. As eleições acontecerão em 2 de outubro para presidente, governadores, deputados e senadores.
Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição, está se sentindo cada vez mais pressionado pelas recentes pesquisas eleitorais, que indicam que o principal candidato de oposição, Luís Inácio Lula da Silva, aparece como favorito.
Como Bolsonaro tem forte apoio na parte mais conservadora da população, o mesmo está reafirmando suas posições relacionadas aos costumes, religião e política contra os jogos. Dessa forma, a bancada evangélica segue o apoiando e por conta disso ele segue uma cartilha que determina essa parcela de parlamentares.