Na quinta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro voltou a declarar que pretende vetar o projeto de lei de legalização das apostas no Brasil caso o texto seja encaminhado para sua sanção. A aprovação da proposta foi concluída na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal.
“O que eu já decidi aqui e a Câmara toda sabe e os presidentes da Câmara e do Senado também sabem: uma vez aprovado a gente vai exercer nosso direito de veto. Para derrubar o veto, o veto é nominal, na Câmara tem que ter 257 votando ‘não’, metade mais 1 de 513. Acho difícil derrubar o veto. Mas se a Câmara derrubar, vai para o Senado”, declarou Bolsonaro durante a sua live semanal.
Presidente Jair Bolsonaro tentou barrar aprovação do projeto na Câmara
O presidente da república criticou a aprovação da proposta e afirmou que se empenhou para derrotar o projeto ao lado de sua base no Congresso Federal. Lembrando que o texto da legalização das apostas inclui cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos online, que poderão adquirir licenças em caráter permanente ou temporário.
“A Câmara, todo mundo sabe, e o Senado também têm autonomia. Alguns querem que eu reprove ou aprove certas coisas lá. Eu tenho meu limite. Fiz o que pude junto de alguns parlamentares mais chegados a gente para ver se derrotava o projeto lá, infelizmente foi aprovado”, afirmou.
De acordo com o portal Poder 360, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também rechaçou a aprovação da proposta que libera a prática de jogos no território nacional.
No site oficial da CNBB, a organização anunciou como cada deputado votou no plenário da Câmara. Apoiadores evangélicos do presidente, como ministra Damares Alves (mulher, família e Direitos Humanos), também se posicionaram contrários a pauta.
Segundo o texto, que está há mais de três décadas no Congresso, os cassinos poderão ser abertos integrados a centros de lazer que precisarão ter, no mínimo, 100 quatros de hotel de luxo, lugares para eventos e reuniões, restaurantes, bares e centros de compras.