O Deputado Federal Vermelho, membro efetivo da Comissão de Turismo, está com intenções de articular um movimento para a reabertura de cassinos no Brasil, com o intuito de atrair mais turistas, gerar emprego e desenvolvimento econômico.
Segundo o Deputado, o turismo foi um dos setores mais afetados pela pandemia relatando fala do deputado Bacelar, presidente da Comissão de Turismo, que também preside a Frente Parlamentar Mista para aprovação do Marco Regulatório.
Os prejuízos no setor turístico em um ano somam R$ 290 bilhões segundo levantamento, além da perca de quase 400 mil empregos.
Atualmente, existem cinco projetos tramitando no Congresso que tornam o jogo legal. O mais completo é o 442/91, também conhecido como Marco Regulatório dos Jogos que aguarda votação do plenário da Câmara.
Comissão de Turismo pretende agilizar o processo de votação
“Nós precisamos construir as bases para a retomada do turismo do Brasil e a aprovação do Marco Regulatório será de fundamental importância. O Marco Regulatório defende não apenas a reabertura de cassinos, mas a legalidade de todas as modalidades de jogos, como bingos, jogo do bicho, vídeo-slots e jogos online”, argumenta Vermelho.
O deputado citou um levantamento do Instituto Jogo Legal, segundo o qual cerca de 200 mil brasileiros saiam do país para jogar em cassinos de todo mundo antes da pandemia.
“Com isso, o Brasil exporta jogadores, consumo, dividendos, empregos e divisas que poderiam permanecer aqui se os cassinos fossem legalizados”, acrescenta Vermelho.
Ele recorda que nos países vizinhos como Paraguai, Argentina e Uruguai, os cassinos funcionam normalmente e sem problemas. “É preciso acabar com a hipocrisia. Não tem mais sentido o Brasil manter a proibição, até porque boa parte dos jogos funciona na clandestinidade”.
Vermelho defende a instalação de cassinos junto a resorts e hotéis de luxo, que de fato, fariam grandes investimentos para promover shows artísticos e culturais, movimentando outros setores da economia e trazendo mais oportunidades de negócio ao país.
Um grande retorno financeiro perdido
“Segundo estatísticas, o Brasil deixa de arrecadar entre R$ 16 a R$ 18 bilhões por ano pela falta de regulamentação dos jogos”, disse o deputado. Para ele, a cadeia produtiva também seria beneficiada, gerando empregos para taxistas, motoristas de vans, garçons e trabalhadores em hotéis.
Um momento ideal para legalizar cassinos no país
Atento às movimentações políticas em Brasília, o deputado Vermelho diz que após a reforma da Previdência, a atenção dos poderes estão se direcionando a outros segmentos, Entre eles, a reforma tributária e a liberação dos jogos.
O presidente Bolsonaro não era simpatizante ao movimento pela legalização dos jogos, mas pode dar o “sinal verde” se os cassinos forem integrados a resorts e hotéis de luxo que poderia render bilhões aos cofres públicos nesse momento em que o governo precisa reforçar o caixa.
Esse sistema de cassino/resort já funciona com sucesso nos EUA. “Existem muitos empresários interessados em investir nesse ramo no Brasil. O momento é propício e nós precisamos concretizar essa proposta”, conclui Vermelho.
Brasil perde potenciais investidores em jogos e cassinos
Johnny Ortiz, empresário brasileiro, fundador e presidente da Zitro, uma das líderes mundiais na fabricação e desenvolvimento de slots, videobingo e jogo interativo, teve que investir em suas atividades fora do país, porque aqui o jogo não é permitido.
“É um absurdo eu ter de sair do meu país para ter sucesso no exterior. Hoje temos em nossa unidade europeia 300 engenheiros, o que demonstra nossa força enquanto empresa geradora de empregos. A Zitro quer trazer sua expertise para o Brasil e oferecer milhares de empregos e altas somas de impostos”, diz ele.
O empresário comenta ainda que o Brasil recebe cerca de 6 milhões de turista ao ano e Andorra, um pequeno país da Europa, onde o jogo é liberado, recebe 12 milhões.
De acordo com o Instituto Jogo Legal, o mercado dos jogos nos Estados Unidos gera 1,7 milhão de empregos/ano e movimenta US$ 74 bilhões/ano.
Dos países signatários da ONU, 75,5% autorizam bingos e/ou cassinos. O Brasil, apesar de ter um potencial turístico invejável, mantém a proibição dos jogos, o que leva-os a acontecerem na clandestinidade.