Liberação-do-Jogo-Pode-Contribuir-com-a-Retomada-da-Economia-Nacional

Em sua coluna semanal, Nelson Motta abordou o tema “Liberação do Jogo” nessa semana, e abordou assuntos interessantes ao leitor do O Globo.

Na cidade americana de Las Vegas, considerada a capital do jogo no planeta, os cassinos são altamente fiscalizados, primeiro pelo próprio setor, para não ter problemas com a Receita Federal, ou pelo FBI em função de possíveis fraudes ou lavagens de dinheiros.

Esse é o funcionamento padrão de todos os cassinos dos Estados Unidos, inclusive em áreas indígenas, onde contribuem para melhorar a situação das tribos. Sendo assim, a possibilidade de utilizar um cassino americano para essa finalidade é ínfima.

Portanto, esse é o argumento mais frágil para barrar a legalização do jogo no Brasil, basta que a fiscalização seja tão severa quanto nos Estados Unidos.

As razões religiosas são contraditórias em um país que convive com Jogo do Bicho, apostas nas corridas de cavalo, raspadinhas, loterias federais, estaduais e municipais e até cassinos irregulares.

Sendo assim, por que cassinos regulados, fiscalizados, que geram centenas de empregos diretos e indiretos e pagariam milhões em taxas tributarias, tendem a ser mais polêmicos? Afinal, pessoas com vícios, que apostam excessivamente e perdem, não necessitam de cassinos para dar continuidade aos seus problemas, mas de ajuda especializada.

Pelo menos nos cassinos, parte da verba do setor se torna impostos e trabalho. Os irresponsáveis que jogam o que não tem também não precisam entrar nos cassinos para fazer isso.

Jogam nas mesas de poker, bolsa de valores, juros, nos cassinos online. Hoje em dia, é possível jogar de qualquer lugar em plataforma ou modalidade desejada pela internet.

Legalização do jogo pode gerar até R$ 50 bilhões por ano só de impostos  

Em um momento em que os governos do mundo inteiros estão buscando por novas fontes de arrecadação e o Governo Federal tenta bancar um programa de renda mínima, sem elevar ou criar impostos, despontou no Congresso, novamente, um projeto sobre a liberação do jogo no Brasil.

A previsão é a legalização da indústria do jogo poderia resultar em até 50 bilhões de reais por ano em tributos para os cofres do Governo Federal, Estados e municípios afetados consideravelmente pela pandemia.

O “lobby” até já substituiu o termo “jogos de azar” por “jogos de fortuna”. De fato, a situação nunca esteve tão favorável.