Secretário-Alexandre-Manoel-deixa-o-Governo

O secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, Alexandre Manoel, anunciou nesta quinta-feira que deixará o governo. Um dos nomes remanescentes da equipe econômica do governo Michel Temer, Manoel era assim, um dos responsáveis pelo Novo Mercado de Gás Natural, chamado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de “choque de energia barata”.

O secretário também era responsável pela área de loterias e apostas dentro do governo, num momento em que se discute a regulamentação dos cassinos e das apostas esportivas. A secretaria de Manoel também fazia a avaliação dos programas e ações do governo e da eficácia de benefícios tributários.

Alexandre Manoel ficará, dessa maneira, em quarentena por seis meses. Depois, deve ir para a iniciativa privada. Ele é funcionário de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

“Foi realmente um privilégio ter tido a oportunidade de contribuir para as transformações que o Brasil precisa para voltar a crescer e é com enorme alegria que olho no retrovisor e vejo muitas realizações nas mais diversas áreas em que atuei”, diz ele, em carta de despedida.

A saída do secretário era esperada desde o início do ano, quando ele manifestou essa intenção ao ministro da economia, Paulo Guedes. Desde janeiro, a equipe de Guedes tem passado por mudanças, cujo principal objetivo é melhorar a articulação com o Congresso Nacional.

A secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria deve passar por mudanças antes do anúncio de um novo titular. Assim, a pedido de Guedes, o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, coordena uma proposta para alterar a estrutura organizacional do Ministério da Economia.

A ideia de Guedes, portanto, é eliminar sobreposições e dar mais agilidade à execução das políticas do ministério. As mudanças também irão abarcar o recém chegado Programa de Parcerias de Investimentos, que acabou de ser transferido da Casa Civil para a Economia, onde manteve o status de secretaria especial.

O objetivo assim, é publicar um decreto até abril com as mudanças. O Ministério da Economia é resultado da junção dos antigos ministérios da Fazenda, Planejamento, Trabalho e Comércio e Indústria.