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Exclusivo: Carlos Gama analisa apostas em eSports e propõe plano nacional para o setor

“Precisamos desenvolver jogos brasileiros”, diz Gama sobre o futuro do setor.


Recentemente, o Ministério do Esporte ampliou a lista de esportes eletrônicos que podem receber apostas no Brasil, um dos principais mercados consumidores de games no mundo. Vice-presidente de Games e eSports da ASSESPRO-RJ (associação empresarial do segmento de tecnologia, inovação e empreendedorismo) e presidente do Conselho Consultivo da FERJEE (Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos), Carlos Gama analisou o cenário atual e destacou a importância de políticas públicas para fomentar o setor.

A conversa foi gravada durante o Rio2C, um evento focado em criação, inovação e economia criativa, que abriu espaço para debater os esportes eletrônicos e ainda contou com a participação especial de Bizinha, embaixadora da FERJEE e campeã mundial pela FURIA.

Gama explicou que ingressou no segmento produzindo aplicativos entre 2005 e 2006. “Eu encontrei uma empresa que poderia ajudar em um projeto e conheci um rapaz que estava jogando CS. Me empolguei e montei a minha equipe. Depois, criei um time de Dota 2 feminino, que chegou a ser o terceiro melhor do Brasil”, relembrou.

Em 2019, ele chegou ao Vasco para montar uma estrutura voltada aos esportes eletrônicos, contudo a pandemia atrapalhou os planos. “Depois comecei a me envolver com políticas públicas. Entendi que há a necessidade de criar esses mecanismos para fomentar os eSports. Hoje estamos com uma estrutura muito sólida e é importante divulgar essas iniciativas em todo o Brasil, não apenas no Rio”, frisou.

Apostas em eSports

De acordo com Carlos Gama, o mercado está interagindo, e cada vez mais pessoas e entidades passam a entender a dimensão dos eSports no Brasil e no mundo. “Precisamos criar uma rede de informações qualificadas para a gente dar essa tranquilidade não só para quem está apostando e se divertindo, mas também a quem trabalha e vive esse universo no Brasil”, frisou.

Além disso, ele relatou que a federação criou um grupo de trabalho com representantes de todo o ecossistema – como publicadoras de games, equipes, jogadores, entre outros. “Todo mundo que compõe para termos um diagnóstico perfeito. Devemos ouvir e começar a propor algo com aplicabilidade para o Brasil. Precisamos praticar esse diálogo com o governo, mercado, universidades, todo mundo. Isso é política pública”, completou.

“Precisamos desenvolver jogos brasileiros”

Para Carlos Gama, o crescimento dos esportes eletrônicos no país passa tanto pelo desenvolvimento de jogos brasileiros quanto pela criação de um plano nacional para massificar a atividade em todos os estados. “É fundamental que o Ministério do Esporte, secretarias estaduais e municipais se sentem e criem esse plano”.

E acrescentou: “Brasil consome muitos jogos de fora. Precisamos produzir esse mercado aqui,  com o objetivo de nos tornarmos o maior mercado da América Latina — não só em esportes eletrônicos, mas também na criação de jogos. Eu acho que é um mercado gigantesco”, frisou.

Por fim, ele destacou a realização da primeira edição dos Jogos Olímpicos de eSports em 2027. “Devemos ficar atentos ao que vai acontecer. Preparar nossa rede e apoiar o Comitê Olímpico Brasil (COB), que é muito competente nisso”, concluiu.


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