Durante uma das sessões do GAT Virtual Expo, vários especialistas debateram o fenômeno do esports e seu crescimento na América Latino. Os reguladores do Peru, Chile e Porto Rico avaliaram formas de garantir a integridade das apostas nessas atividades.
Na conferência “Reguladores e o futuro dos casinos terrestres e online”, Rodrigo Ajenjo, em representação da Superintendência de Casinos de Jogos do Chile, destacou que “no Chile, o que vimos é que os jogos de casino online provavelmente não são comparáveis com os movimentos que os casinos físicos têm”.
Ele continuou: “quando se fala em jogos online, se nota um grande crescimento não só nas apostas esportivas. Aqui temos eSports, eGaming, e existem apostas não só para a liga de futebol, já que também há apostas para campeonatos de Fornite, FIFA Online, etc. Esse mundo cresce muito e, provavelmente, pode superar o jogo físico”.
O consultor e especialista José Miguel Chueca acrescentou que o tema dos eSports é muito novo para o setor. “Há algum tempo, e não falemos de anos, mas de meses, quando se entrava nas plataformas de apostas, podia-se timidamente encontrar uma liga (de esports), onde havia um ou dois jogos em que se podia apostar. E, isso tem aumentado muito”.
Regulamentação dos eSports no Peru
Segundo Chueca, “no Peru, por exemplo, vemos a liga Movistar, alguns eventos em arenas esportivas desse tipo de atividade que se proliferam e se desenvolvem”, enfatizou, lembrando que a tecnologia muitas vezes corre, enquanto a regulamentação ainda engatinha, o que está gerando uma defasagem, “é um desafio enorme para os reguladores”.
Ajenjo ainda disse que “a capacidade que temos de regular isso não existe. Somos especialistas em cassinos físicos e em algumas coisas sobre tecnologia e caça-níqueis, mas no eSports pode-se ter dúvidas sobre quem está gerando esse resultado. É um desafio gigantesco, faz parte das coisas que têm que estar na legislação com clareza”.
O engenheiro Manuel San Román, diretor Geral dos Casinos Mincetur, explicou que, no caso do Peru, “o regulamento iniciado pelo jogo online, será ampliado gradualmente para eSports. Sim, é verdade que o esports simplesmente também tem que ser certificado, tem que ver qual é o sistema de controle para que haja segurança”.
San Román esclareceu que “estamos deixando para que isso não seja regulamentado por lei, não seja regulamentado por decreto, mas seja regulamentado por portarias, de forma que tenhamos o leque de possibilidades sempre aberto”, concluiu.
Mercado de apostas em Porto Rico
José Maymo Azize, dretor executivo da Comissão de Jogo do Governo de Porto Rico, explicou que a nível local “o governo tem um compromisso com o setor, muito antes de ser assinada a Lei que cria a Comissão de Jogos e toda a estrutura que reúne diferentes modalidades de apostas”.
Ele também pontuou que “já foi criado um conselho em termos de jogos eletrônicos. Então, há um compromisso por parte do governo de divulgar o que é o eSports em Porto Rico”, disse o regulador, que explicou que estão trabalhando no assunto da mesma forma que avaliam a regulamentação das apostas e esportes de fantasia.
“Estamos trabalhando com o que são os jogos eletrônicos, porque Porto Rico pretende se tornar um centro mundial para esse tipo de atividade, que se popularizou nos últimos anos”, finalizou o regulador.