Passados alguns dias, é hora de fazer um balanço sobre a EGR Power Latam, ocorrida em Buenos Aires entre os dias 26 e 27 de fevereiro.
Antes, porém, algumas considerações sobre a EGR-PL. Me sinto uma espécie de dinossauro do evento junto com a Luciana (Hendrich), pois chegamos a ser os únicos brasileiros a marcar presença nas edições anteriores.
A EGR sempre foi um congresso pequeno em número de presentes, costumeiramente lá por convite. Não é um evento aberto ao público em geral e nem mesmo para a imprensa, o que fez da EGR Power Latam o encontro mais sincero do ano. Lá, todos conversam sem receio de que algo seja inadvertidamente publicado.
É, sem dúvida, meu seminário favorito, pois lá se encontravam de 30 a 50 tomadores de decisão. Alguns dos bons contratos que temos foram fechados lá.
Sendo um evento quantitativamente pequeno e qualitativamente gigante, era natural que crescesse, o que ocorreu esse ano quando ultrapassamos os 100 presentes. A qualidade, anote-se, continua a mesma. Naturalmente, o time brasileiro apareceu com força, trazendo grandes nomes já divulgados pela imprensa.
Sobre a EGR-PL em si, o registro é que a despeito da claudicante postura do governo brasileiro no que concerne à legislação sobre o tema, de tantas idas e vindas, de tantas versões, o interesse no país permanece.
Mas faço uma ressalva importante aqui!
O interesse no Brasil permanece graças a novos players que decidiram olhar com mais cuidado o mercado potencialmente gigantesco que temos aqui. De outro lado, perdemos força com alguns gigantes da indústria que entenderam que talvez seja tempo de esperar e identificar os rumos que serão dados à regulamentação. Prova disso é a ausência de alguns operadores presentes em anos anteriores e que decidiram não comparecer. Seus crachás estavam lá, na mesa de credenciamento.
Eu torço para que o Governo brasileiro ouça o mercado. Temos gente boa aqui no Brasil capaz de levar a regulamentação para um bom caminho. Não há, realmente, razão para fazer mal feito. Vou repetir aqui algo que ficou comum nas minhas falas: a vantagem de ser o último é ter a chance de aprender com os erros dos outros. Aprender com os erros alheios é, sem dúvida, uma das qualidades que trouxe os seres humanos até aqui.
Mas na EGR tratamos de outras jurisdições importantes. Destaque especial para a nova regulação Austral e à abordagem que deram à Colômbia e ao Peru, jurisdições onde, por sinal, as subsidiárias da Online IPS já estão prontas para operar.