O último encontro da indústria brasileira de iGaming em 2024 ocorreu em Florianópolis (SC). A IGI Expo 2024 foi realizada entre os dias 12 e 15, reunindo representantes dos segmentos de afiliados, apostas e games.
Valter Delfraro, da GLI, participou do painel de abertura da convenção: “Estado Regulatório que Transformou o Cenário do Jogo no Brasil”, na quinta-feira. Em entrevista ao portal iGaming Brazil, ele destacou a importância de encontros em diferentes regiões do Brasil.
“Eu acho muito importante. Florianópolis é um ponto onde há muitos provedores de jogos, provedores de plataformas. Promover esses eventos é essencial”, salientou.
Regulamentação brasileira
Em relação ao momento de transição do mercado nacional, Delfraro apontou que o maior desafio para os operadores será cumprir “com a regulamentação para começar a operar. Eu acho que nesse momento é o que está todo mundo pensando e focado”.
Contudo, o grande desafio será o combate às plataformas ilegais de jogos. “Será um desafio para eles (órgãos reguladores) manterem no mercado regulamentado, somente aqueles que têm a regulamentação. Precisarão olhar de perto para isso”, projetou, considerando a dificuldade em banir os sites irregulares.
Em compensação, Valter Delfraro avaliou que as normas brasileiras estão de acordo com as melhores práticas internacionais. “A nossa regulamentação veio bastante fortalecida, com bastante base e não deixa nada a desejar comparada com regulamentações em outras jurisdições.”
Além disso, o representante da GLI ressaltou que 2025 será fundamental para apresentar dados oficiais sobre o jogador brasileiro. “É muito difícil opinar sobre as categorias de jogos, é uma questão de mercado. Há algumas categorias que a gente escuta falar que são as favoritas dos brasileiros. A partir do ano que vem, começaremos a ter dados para entender e ver como o mercado se comportará”, explicou.
O futuro do mercado de jogos no Brasil
Vale reforçar que o Senado postergou o debate sobre o projeto que prevê o funcionamento de cassinos e bingos no país. Ainda não há uma previsão para o retorno do projeto de lei ao Plenário da Casa, uma vez que precisará passar por algumas comissões.
“É uma expectativa que existe. Se olhar como estamos avançando no mercado online, eu espero que haja chances de passar e que seja legalizado e regulamentado no Brasil. Como eu sempre digo, o jogo existe, e a legalização é a melhor forma de tornar isso transparente e seguro para a sociedade”, concluiu.