Exclusivo- Thomas Carvalhaes (Vai de Bob) modera discussão em painel do EGR Power Latam Summit

Durante o EGR Latam Power Summit (eGaming Review), realizado nos dias 28 de fevereiro e 1º de março em Buenos Aires, o portal iGaming Brazil entrevistou os painelistas brasileiros presentes no evento. Durantes dois dias de networking altamente exclusivo para líderes do mercado de igaming na América Latina, os empresários tiveram a oportunidade de debater temas sensíveis à indústria.

Thomas Carvalhaes, CEO da Vai De Bob e vencedor do prêmio Profissional do iGaming do Ano, foi moderador do Painel “- Progresso e política no Brasil: o ano que se inicia para o gigante adormecido'” – acompanhado de Witoldo Hendrich Jr., da Hendrich Advogados, Neil Montgomery (Montgomery & Associados) e Camila Carvalho, da Pay4Fun, foi entrevistado pela equipe da iGaming Brazil durante o coquetel de boas-vindas do primeiro dia de evento realizado no Hotel Hilton de Puerto Madero

No painel, os participantes debateram, moderados por Thomas Carvalhaes, sobre os anos no ‘mercado cinza’, com opiniões abertamente partidárias sobre o setor e especulações aparentemente intermináveis ​​sobre o potencial que o gigante adormecido possui, e se 2023 poderia finalmente ser o ano para o Brasil.

Neste âmbito, e com estas expectativas, quais serão os desafios para operadores e fornecedores internacionais que queiram entrar neste vasto e lucrativo mercado?

Segue abaixo a opinião de Thomas Carvalhaes

iGaming Brazil – Qual é a importância deste evento? O que é abordado aqui que em outros eventos não é?

Thomas Carvalhaes – Eu acho que um dos pontos principais deste evento é a relevância, as pessoas que vêm aqui. Obviamente que todo evento é importante, não podemos dispensar a importância dos outros, porém por ter um caráter mais feira, mais exposição, acaba se perdendo um pouco o espaço do networking, da conversa, e por alguma razão, seja estratégica, o EGR consegue unir as pessoas que tomam decisões, como eu disse mais cedo, todo mundo que eu conheço que tem uma influência ou um interesse no mercado brasileiro e latino-americano está representado aqui.

Por isso a sua relevância é altíssima, é um dos meus eventos favoritos justamente por você conseguir uma tração, uma sinergia que geralmente não se consegue, eu falo por mim que em outros eventos não consigo. Reuniões, correria, exposições, acaba-se perdendo o espaço do networking.

iGaming Brazil – O que te chamou a atenção no evento?

Thomas Carvalhaes – A qualidade e a seletividade das pessoas. O networking.

iGaming Brazil – Quais serão os desafios para operadores e fornecedores internacionais que queiram entrar neste vasto e lucrativo mercado?

Thomas Carvalhaes – Acho que os desafios são os mesmos, a questão de você conseguir ser relevante pro mercado. A gente ter um site traduzido para o português ou para o espanhol não é suficiente, o mercado exige um conhecimento de público alvo, de conhecimento cultural, um conhecimento que traz a relevância.

Então, pra mim, o desafio a ser vencido principalmente é este: que você consiga se alinhar, colocar-se no mesmo nível que seu público-alvo, e com isso conseguir um produto que será relevante. Não é um monstro de 7 cabeças. Não é algo simples porque exige um conhecimento local, mas eu colocaria dessa forma.

iGaming Brazil – Como operador, como você vê a entrada de sites do Governo no mercado de apostas esportivas?

Thomas Carvalhaes – Este é um ponto interessante, a gente deve debater sobre isso hoje porque estamos vendo (governos de) Estados tomando a liderança e não podemos nos culpar porque, de fato, existe (existiu) uma certa omissão por parte do Governo Federal quanto à emissão da regulamentação que todos esperamos

Com isso alguns Governos de Estado têm assumido a liderança para emitir licenças de loterias, mas que também, pelo fato de as apostas esportivas terem sido colocadas na mesma categoria que as loterias segundo a lei de 2018, hoje os Estados conseguem assumir esta liderança e emitir licenças.

Isto nos faz pensar em: o que vai acontecer daqui pra frente com uma eventual regulamentação no âmbito nacional de apostas esportivas, não uma regulamentação de loterias, o que vai acontecer? Essas licenças continuarão válidas, ou elas serão revogadas? Vai existir uma lei nacional que aborde esta questão? Não sabemos, mas em princípio o mercado está aberto para todos, todos que querem conseguem entrar e operar e se for saudável, a sua operação será lucrativa. Porém num ambiente regulamentado este é um ponto que deve ser reconsiderado e repensado.