A primeira edição do evento Afiliados Latam – São Paulo, aconteceu em São Paulo nesta quinta-feira, 30. O evento foi realizado no dia seguinte ao BiS 2022 (Brazilian iGaming Summit), o maior encontro de apostas do Brasil. O evento reuniu profissionais experientes, empresas líderes e aqueles que estão interessados em se aprofundar mais no mercado de marketing digital em geral e marketing de afiliados.
Por isso, o Afiliados Latam contemplou as principais verticais do mundo de iGaming no Brasil, destacando as apostas esportivas, jogos de cassino online, poker, bingo e muito mais. O encontro ofereceu uma extensa agenda de painéis, palestras, exposição de algumas das principais marcas e uma oportunidade única de networking.
Cabe ressaltar que a equipe do portal iGaming Brazil promoveu um ampla e completa cobertura do Afiliados Latam, ressaltando as melhores passagens de cada seminário, os registros da feira e realizando entrevistas exclusivas com personalidades da indústria.
Confira os principais pontos dos últimos painéis do Afiliados Latam
PAINEL: Como ser fluente nos diversos idiomas financeiros da internet: cripto, NFT, Token, etc
A moderação ficou com Bruno Neves (diretor de marketing e comunicação da Bitci Brasil). João Canhada (CEO da Foxbit), Helo Passos (CEO do Sp4ce Games), João Angeli (CMO do Sp4ce Games), Rafael Brunacci (Head de Negócios LATAM na Coinspaid) também participaram da conversa.
João Canhada se apresentou e falou sobre a atuação da FoxBit. “Esse é um ano de regulamentação, um ano quente. Mas é também um ano para tangibilizar o mundo cripto em outros aspectos além dos investimentos. Portanto, esse é um momento importante para abordar todos os temas que envolvem o evento”.
Rafael Brunacci também comentou a forma de trabalho da Coinspaid focada no cenário gambling. “Estamos vendo que isso [criptomoedas] tem muito espaço nesse setor. A criptomoedas e blockchain tem uma grande aderência no mercado de apostas e jogos”.
Na sequencia, Canhada aproveitou para explicar o funcionamento da blockchain. “A blockchain é um conceito tecnológico para a escassez digital”, ressaltando que os fan tokens são uma maneira de aproximar o torcedores e o clube, bem como promover ativações e outros aspectos do relacionamento com fãs. “Não é apenas um token como milhas de viagem ou ‘premiações’ são um meio de fidelizar o torcedor”.
Helô Passos complementou: “o token é a moeda de transação da blockchain. Teremos blockchain para meios pagamentos, para jogos e para diversos setores”. Para João Angeli, o blockchain já é algo que ultrapassa fronteiras. “Essa é uma tecnologia que vai conversar com todo o mundo”
Brunacci contextualizou os temas ao universo dos afiliados. “O token e NFT para os Afiliados, que estão vinculados a um cenário iGaming, onde os operadores podem criar tokens com o objetivo de incentivar ainda mais seu trabalho e engajamento de novos clientes. Cassinos podem utilizar [o token] para estimular o jogo, oferecer apostas e diversos outros aspectos”.
PAINEL: Usando o marketing digital a meu favor: ferramentas necessárias e imprescindíveis
Alexandre F. Azevedo (Head de Planejamento Aunica Interactive Marketing) foi o moderador e Douglas Inácio (CEO da Produtora Quality), Rodrigo Teixeira (CEO do Groove Brasil) e José Eduardo (Sócio Fundador da FootStats) completaram o painel.
Douglas Inácio revelou como ingressou neste mercado. “Eu comecei como afiliado e passei por diversas etapas. Iniciei com produtos de loterias, e quando comecei a acertar nesses itens, trouxe alguns afiliados comigo. Quando entrou os sites de apostas, entrei em um sinal de alerta e comecei a testar algumas coisas que encaixaram muito bem no setor de apostas”.
Inácio também compartilhou algumas dicas com o público: “Vou falar com um pouco sobre a ferramentas que a gente usa, fazendo um link nesse mercado de afiliação e iGaming. Uma dica é trabalhar bem o lead e ter uma estrutura de conversão muito boa”
José Eduardo resumiu a atividade desempenhada pela FootStats. “[Nossa empresa] gera muito conteúdo voltado ao futebol, algo que claramente tem a ver com as apostas. Estamos desenvolvendo novos produtos para o mercado de apostas esportivas. A ideia é que, junto com o mercado de Afiliação, cativar o cliente o apostador”.
Rodrigo Teixeira, por sua vez, frisou que o afiliado é um vendedor e deve ser considerado parte da equipe. Para ele, a estruturação de algo que gera crescimento e consistência depende de alinhar e fornecer “acesso a todos aos dados de funil e conversão”. E, lembrou que o mercado brasileiro se diferencia do americano porque “estamos de 3 a 5 anos atrasados se compararmos”.
Conforme o moderador Alexandre F. Azevedo, a simplicidade pode ser a chave para o sucesso no mercado nacional . “Quanto mais simples o site é, o cadastro, o meio de pagamento mais fácil é a melhora na experiência do usuário. Isso é algo importante para os sites de apostas também”.
PALESTRA – Técnicas de influência no marketing digital
A conversa contou com a apresentação de Bruno Pereira (Consultor de MKT Digital na Bruno ADS) e Pedro Feitosa (Diretor na Feitosa Educação Digital). Ambos citaram as técnicas de influências mais utilizadas no marketing digital e importância de se utilizar desta influência para criar novas oportunidades.
Bruno Pereira citou os principais canais trabalhados atualmente. “Além do Instagram, trabalhamos com outras redes, como YouTube e Telegram e “operamos nos mercados de esportes, cassino e futebol virtual”.
Para Pereira, o perfil do influenciador segue os seguintes pilares: Autoridade, Autenticidade, credibilidade e empatia.
Pedro Feitosa, que está entre os cinco maiores tipsters no cenário gambling nacional, admitiu que o foco do seu trabalho foi “aumentar a audiência através das redes sociais, como o Instagram”, sugerindo ao mercado de afiliação: “produção de conteúdo é o novo marketing. Não adianta distribuir um monte de conteúdo nas redes sociais, se isso não estiver relacionado a sua audiência”.
Ele também deu uma sugestão aos operadores: “O que vejo muito nos operadores, um conteúdo muito estático, não vemos muito conteúdo humano”, já que que muitas casas não informam o público sobre como fazer apostas, termos técnicos e tudo mais. “As pessoas precisam saber como fazer as apostas, para fazerem as apostas”, concluiu.
PAINEL – Marketing Esportivo Impulsionando Afiliados
O painel teve a moderação de Fabrício Murakami (CMO na Pay4Fun), e participação de Juliano Maesano (Streamer da Brasil Vegas / ThePlayer.com), Reginaldo Diniz (CEO na End-to-End) e Rubens Nigro (VP Comercial da Sport Promotion). A temática foi voltada a utilização do Marketing Esportivo para alavancar diferentes negócios relacionados à afiliados.
Fabrício Murakami abriu perguntando aos participantes: “que tipo de benefício isso [marketing esportivo] pode trazer para esporte e para a sociedade em geral? Precisamos repensar o modelo de negócios no Brasil, atrair novos públicos e engajar os públicos antigos”, ponderando ainda como as marcas podem trabalhar a parte de branding e conversão.
Juliano Maseano declarou que é um afiliado de cassinos e apostas e que é necessário descobrir “como aproveitar [a afiliação] nesse sentido de marketing. Precisamos entender como podemos trabalhar o marketing esportivo no mundo de apostas”. Ele citou a importância de tipsters, Youtubers e afiliados para educar o público sobre o mercado de apostas e seus termos específicos.
Já para Rubens Nigro, a questão do faturamento é ‘obviamente’ levada em consideração. “Teríamos que ter uma organização, uma associação entre as empresas para entender qual território cada um iria dominar. Precisa de um acordo geral para que o usuário final não fique sem saber para onde ir” e, acrescentou que a prioridade é dar “credibilidade ao site de apostas. Mas no final quem vai ajudar são os afiliados que indicarão no caminho que a pessoa vai seguir”.
Conforme Reginaldo Diniz, o brasileiro ‘nasceu para apostar’, uma vez que gosta das apostas e da resenha. “Futebol tem um tripé muito importante: lealdade, fidelidade e paixão, e as apostas têm essa paixão. Essas marcas estampadas no clubes permitem essa variedade. Onde o torcedor vai apostar? Naquela marca que está estampada em seu time”.
Erros e acertos mais comuns em parcerias esportivas
“Os sites de apostas tem que ter rotatividade, pensar regionalmente, para tentar pegar torcedores de vários times”, apontou Nigro.
Enquanto Maseano acredita que “com relação ao erros e acertos, o principal é você, como afiliado, tentar ver quais são as marcas mais confiáveis. O afiliado tem que tentar testar, antes dele mesmo oferecer para os outros”.
Já Diniz apontou algo que ainda não é muito explorado: “uma grande oportunidade que não é explorada pelas casas de apostas e não ter um API de integração de torcedor com o clube. Temos que ter amplitude no que oferecemos” em apostas e oportunidades ao torcedor”.
Cenário de apostas e marketing esportivo para as outras modalidades.
Nigro sugeriu que as casas de apostas invistam em outras modalidades além do futebol. “É de suma importância você realizar essa divisão. Quanto mais investimento você tem em cada modalidade, mais tudo irá crescer”.
Maesano apresentou uma boa vantagem para os players que já diversificam ou estão planejando diversificar os patrocínios no esporte nacional. “Nos outros esportes elas (casas de apostas) têm uma oportunidade que não tem em no futebol, como realizar ativações mais próximas entre fãs e o elenco”.
PAINEL – Casos de sucesso e melhores práticas em programa de afiliados para iGaming
Com a moderação de Ricardo Magri (Diretor Comercial na Eightroom), e presenças de Florencia Brancato (Head of Global Markets na Pinnacle), Fabio Bampi – “Nettuno” (Youtuber e Trader), e Yudi Osugui (COO na Super Afiliados), o último debate do Afiliados Brasil apresentou casos de sucesso envolvendo as melhores práticas em programas de afiliados em iGaming.
Florência Brancato explanou que entrou no mercado de afiliados ainda em 2006 quando era muito complicado conseguir trafego na América Latina. “Na Copa do Mundo na África, em 2010, isso começou a ser trabalhado mais facilmente e após 4 anos, começamos na parte de aposta esportivas”.
E ela ainda apresentou uma definição bem interessando do setor. “A definição de Afiliação é ‘sócios de negócios’. Se um afiliado ganha, nós ganhamos”.
Fabio Bampi (Nettuno) relatou que surgiu como apostador e o grande desafio foi o mercado de afiliação. “Hoje eu percebi, que o diferencial do meu conteúdo, é mostrar o outro lado da moeda. Eu tento ensinar o pessoal a ganhar e não perder”.
Yudi Osugui alertou para a necessidade de transparência. “Hoje temos que ter transparência. O operador tem que ter transparência com os afiliados e o apostador. E, ainda hoje encontramos afiliados que tem dificuldade de entender como funciona a parte de comissionamento [no setor de apostas]”.
Em relação a Super Afiliados, Osugui revelou que “a maioria dos acordos são híbridos referentes aos modelos de Rev share e CPA” e que o potencial do Brasil é gigantesco, sobretudo, em um ano de Copa do Mundo. “O brasileiro gosta muito de jogar, sempre fez uma fezinha, na Copa do Mundo faz um bolão”.
Na reta final da conversa, o moderador Ricardo Magri perguntou aos participantes sobre projetos ou soluções novas para o futuro mercado de Afiliação e apostas.
Para Florencia, a grande sensação da atualidade é o cenário de eSports. “Algo que está em alta agora, são os eSports. Temos diversos afiliados e influenciadores que já estão estudando e testando esse mercado. Inclusive nas apostas em eSports”, recomendando ainda aos operadores “começar a criar experiências com influenciador e tipsters”.
Magri ressaltou que apesar do público mais ligado nos esportes eletrônicos ser mais jovem, “o controle é parecido com os esportes tradicionais”. E Nettuno finalizou: “eSports tem uma vantagem gigantesca” que é “a proximidade entre grandes jogadores e os fãs e jogadores mais casuais”.