“Regulamentação (de apostas) é preciso para permitir ao Brasil decolar”, afirmou Fábio Tibéria no iGB Webinar

O envolvimento do mercado de afiliados com setor de apostas foi tema do webinar promovido pela iGB em parceria com a São Paulo Affiliate Conference (SPAC) e a Vista Gaming nesta terça-feira, 24.

Intitulado: “Como transformar seu site e suas redes sociais em um negócio lucrativo com jogos e apostas esportivas”, o debate online foi focado no cenário nacional e moderado por Alessandro Valente, Co-Fundador da Super Afiliados.

O painel também contou com as participações de Pedro Lucas Trindade, CEO da Apostaonline.com, Luciana Hendrich, Sócia Fundadora da Hendrich Digital Content, e Fábio Tibéria, consultor internacional de iGaming.

Como entrar no mercado de afiliados?

Para abrir a conversa, Alessandro Valente apresentou maneiras de como entrar no mercado de afiliação. “Qualquer pessoa pode se tornar um afiliado e não há restrição para começar a divulgar um produto iGaming. As pessoas que possuem facilidade com o mercado digital acabam concentrando a sua audiência e trazendo mais resultados, mas já há casos de profissionais que trabalham com a mídia tradicional”.

Valente citou exemplos que já realizam atividades offline e trazem jogadores para operadores de diversas maneiras.

“A forma mais interessante é o primeiro passo, isso é o essencial. Pode ser um site, redes sociais, método offline, mídia tradicional (rádio, tv, jornal), etc. E vejo isso com bons olhos, especialmente no Brasil que tem uma crescente demanda e cada vez mais operadores estão enxergando o país com uma visão profissional, e os afiliados contribuem muito para isso”, afirmou.

Pedro Lucas Trindade, também compartilhou sua experiência a frente da plataforma Apostaonline.com.

“O ApostaOnline é um espaço onde os jogadores podem assimilar um conteúdo variado, que ensina desde a como fazer um depósito, fazer uma aposta e, além disso, ele encontra as dicas de apostas. Nós contamos com especialistas que chegam a produzir até mil prognósticos por mês. Essa é uma situações em que todo mundo sai ganhando”, detalhou Trindade.

Cenário nacional de afiliados

Para Luciana Hendrich, o Brasil possui um grande potencial que ainda precisa ser desenvolvido para alcançar resultados cada vez mais expressivos no setor de afiliados.

“Apesar do Brasil ter um grande potencial para afiliação e ter muitas empresas voltadas para essa área, o mercado não sabe que faz isso. Eu acho que faz mais de maneira orgânica e intuitiva do que propriamente estratégica”, frisou.

Luciana entende que a mídia tradicional ainda desempenha um papel relevante nessa área. “A mídia tradicional ainda tem muito espaço, porque a afiliação equivale a 50% desse tráfego. Mas a afiliação oferece um retorno maior por um valor menor que a mídia tradicional, ainda que possam e devam trabalhar juntas”, reforçou.

Além disso, o consultor internacional de iGaming, Fábio Tibéria citou a necessidade dos operadores estrangeiros se dedicarem a conhecer as particularidades do mercado brasileiro.

“Muitos operadores ainda não entenderam que o Brasil é um mercado imenso. Eu sei que é preciso criar um mercado digital e físico, porque o Brasil ainda tem milhões de pessoas sem conta bancária. O afiliado pode ser o ponto de interação entre o jogador e a companhia que está entrando no mercado”, comentou.

Apostas esportivas no Brasil

Fábio Tibéria também pontuou que a conclusão do processo de regulamentação do mercado de apostas no Brasil é indispensável para que possa se consolidar no contexto global e oferecer mais segurança para empresas que tencionam investir no país.

“Uma regulamentação (de apostas) é preciso para permitir ao Brasil decolar, especialmente no segmento online que está bombando, como os eSports que ainda há pouco gente falando. E, o Brasil já é um dos principais mercados”, frisou Tibéria.

O consultor ainda fez uma comparação entre o atual mercado brasileiro com o italiano. “O mercado italiano de apostas está entre os principais da Europa e temos uma grande uma tradição em apostas. A forma fazer as cotações é muito diferente, porque o mercado brasileiro é muito inflacionado por não ter uma regulamentação que garanta ao operador uma cotação básica que possa assegurar o lucro. E ainda há muita especulação no Brasil”, contou.

Além disso, os participantes do webinar ressaltaram que as empresas de apostas também devem se focar em firmar parcerias com agências que conheçam e sejam identificadas com o setor. “Dificulta quando os operadores acabam contratando agências que fazem tudo errado ou de forma menos eficaz”, avaliou Valente.

Tiberia corroborou com a análise do Co-Fundador da Super Afiliados e comentou que “acho muito bom quando o operador se aproxima e fecha negócio como uma agência especializada”. Uma das parceiras do webinar, a iGaming Media foi apontada como um exemplo de mídia e trabalho bem realizado no cenário nacional atualmente.

Confira o iGB Webinar na íntegra: