SBC-Digital-Summit-Latinoamérica-Debate-o-Cenário-Brasileiro-de-Apostas

O primeiro dia da SBC Digital Summit Latinoamérica trouxe a discussão sobre a regulamentação das apostas no Brasil. O painel denominado “Como estão os bastidores do novo marco regulatório no Brasil” trouxe especialistas, que abordaram o assunto com minuciosidade.

O painel contou com a presença de Magnho José (Presidente do Instituto Jogo Legal e editor da BNL Data), Waldir Marques (Subsecretário da SECAP), Arthur Silva (Chefe de Operações da Sportsbet.io) e Witoldo Hendrich Jr. (Sócio da Online IPS e sócio da Hendrich Advogados) como moderador.

Abrindo o painel, o subsecretário Waldir Marques comentou sobre a queda na arrecadação de loterias: “sofremos uma forte queda no nosso único jogo legalizado e precisamos ter ações após a pandemia para tentar voltar a economia. Essa queda no mês de maio chegou a 38% e precisamos fazer algo para movimentar esse setor.”

Waldir comentou sobre a possibilidade de implementar um novo produto: “Teremos criação de novos produtos, adaptações em produtos existentes e estamos estudando com a Caixa a implementação de um produto novo em 20 ou 30 dias”.

Magnho José iniciou seu discurso falando sobre o tabu que existia no congresso sobre o jogo, onde essa atividade dividia espaço com assuntos sobre abortos e legalização da maconha.

O Presidente do Instituto Jogo Legal comparou o Brasil com outros países e explicou o processo da legalização: “O mundo inteiro encara o jogo como uma atividade econômica e aqui a gente ainda tem que ficar ‘brigando’ principalmente com as bancadas religiosas que o jogo não é uma questão de costumes e nós abrimos um diálogo com o congresso e conseguimos algum sucesso. Em 2016 nós tivemos a aprovação de um substitutivo da comissão especial do marco regulatório, que está desde agosto de 2016 para ser votado no plenário da câmara e nele prevê a legalização de todas as modalidades e operações no Brasil”.

Witoldo Hendrich perguntou à Arthur Silva se o número de licenças pode interferir na vinda de operadores ao país. O Chefe de Operações da Sportsbet.io respondeu: “Acho que o mais importante do que o número de players que teremos no mercado é se, aqueles que não tiveram uma licença, se terão suas atividades interrompidas. O grande problema não são os concorrentes com licença e sim os que estão operando de forma ‘desleal’ pois eles conseguem operar sem licença, sem pagar imposto, eu vejo esse como o problema número 1″.

O SBC Digital Summit terá continuidade nesta quarta-feira, onde outro tema será bastante relevante ao Brasil, o painel “Liderança em iGaming: como os principais executivos dos jogos veem o desenvolvimento da América Latina” mostrará as oportunidades que as empresas poderão aproveitar num território ‘pouco explorado’.