O projeto que visa a liberação de cassinos, bingos e jogos do bicho em estabelecimentos físicos ganhou força no Senado. O relator, senador Irajá (PSD-TO), argumenta que essas modalidades representam a “parte boa” e “responsável” dos jogos.
PL dos cassinos enfrenta resistência da bancada evangélica
Em junho, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a proposta com um resultado apertado: 14 votos a favor e 12 contrários. Durante essa votação, a bancada evangélica, que buscou barrar a iniciativa, não obteve sucesso.
Para o senador Irajá, as controvérsias em torno das apostas online não devem interferir nas discussões sobre os jogos físicos. Pois estes tem enorme potencial de contribuir economicamente e socialmente.
“Eu fico ainda mais animado com a aprovação do projeto dos jogos físicos. Porque, na verdade, o jogo físico é a parte boa dos jogos, porque tem a geração de emprego, geração de renda, você movimenta a economia real, a construção civil”, destacou o senador Irajá.
O senador mencionou que países que já regulamentaram os jogos físicos demonstram benefícios significativos. “Os indicadores dos outros países que já aprovaram o jogo físico, o jogo responsável, provam por A mais B que foram decisões acertadas, que [o jogo físico] movimentou o turismo desses países”, afirmou.
Além disso, o senador Irajá apontou que a fiscalização das atividades em estabelecimentos físicos é uma vantagem sobre as apostas online. “Se você tem um estabelecimento físico, você pode mandar a polícia fiscalizar, controlar o acesso das pessoas e a Receita Federal pode auditar”, explicou.
O combate ao crime organizado
O senador Irajá acredita que a regularização dos jogos em locais físicos poderia auxiliar no combate ao crime organizado. “Nós vamos criar um ambiente muito mais saudável, porque vamos convidar empresas sérias e idôneas para entrar nesse mercado”, salientou.
O senador prevê que o projeto pode ser votado após as eleições, ainda em outubro. “Nós temos o apoio necessário para essa pauta ser votada e aprovada. Não é uma pauta religiosa, não é uma pauta ideológica. Ou seja, é uma agenda econômica positiva para o Brasil“, esclareceu.
A evolução dessa proposta revela uma nova dinâmica no debate sobre cassinos, bingos e outras formas de apostas no Brasil. Assim, a promessa é que possa gerar empregos e fortalecer a economia e o turismo. Resta, agora, observar como será o andamento dessa proposta no cenário legislativo após as eleições municipais do próximo dia 6 de outubro.