As operadoras de cassino de Macau devem anunciar perdas de EBITDA de mais de US$ 1 bilhão (5 bilhões de reais) até 30 de junho. O banco de investimentos Morgan Stanley está chamando esse período de ‘pior trimestre de todos os tempos’.
Em uma nota, os analistas Praveen Choudhary e Gareth Leung, do Morgan Stanley, avaliaram as perdas de EBITDA esperadas de cerca de US$ 1,04 bilhão entre as seis concessionárias. Incluindo US$ 286 milhões (R$ 1,5 bi) da Sands China e US$ 205 milhões (R$ 1 bilhão) pela Melco Resorts & Entertainment.
No entanto, o relatório da Morgan Stanley revelou que as perdas dos estabelecimentos devido a pandemia do novo coronavírus tendem a ser as piores da história. Além disso, a recuperação desse momento vai passar pelo controle das empresas de suas despesas operacionais.
“[Esses resultados] podem dar uma ideia de quem conseguiu reduzir o máximo em [custos fixos] e qual proporção desse corte é sustentável”, diz o relatório da da Morgan Stanley.
O estudo ainda pontuou que “embora os números do 2º trimestre possam não fornecer quando as restrições de viagem serão reduzidas ou qual será o potencial de 2021, eles podem responder a duas perguntas: quem controlou mais os custos e as companhias que conseguiram manter o valor agregado”.
Comparação com resultados anteriores dos cassinos em Macau
Além disso, os analistas disseram que os custos operacionais diários das seis concessionárias parecem ter caído 21% em relação ao ano anterior, para cerca de US$ 15 milhões (R$ 80 milhões).
Mas que as perdas de EBITDA devem chegar a cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em “despesas operacionais negativas” com alguma receita de não-jogos e shoppings.
Em contraste com o momento conturbado atual, as operadoras de Macau registraram um ganho de EBITDA de US$ 2,4 bilhões (R$ 12 bilhões) no segundo trimestre no ano passado.