Em meio à crise do novo coronavírus, a prefeita de Las Vegas pediu que as empresas da cidade reabrissem suas portas, mas dispensou qualquer responsabilidade do governo para garantir que isso ocorra com segurança.
Durante uma entrevista à CNN, Carolyn Goodman afirmou: “Quero que ocorra a reabertura da cidade de Las Vegas para que nosso pessoal possa voltar ao trabalho. E, é isso, estamos colocando crianças e famílias de volta nas ruas”.
Retomada de Las Vegas
Além disso, Goodman ofereceu à cidade como um “grupo de controle” para acabar com restrições no país, sem emitir regras de distanciamento social para empreendimentos, justificando que estava nas mãos dos cassinos desenvolver um plano para fazer cumprir essas diretrizes.
A prefeita foi questionada sobre a ideia de ter centenas de milhares de pessoas “apenas fumando, bebendo, jogando caça-níqueis em cassinos, respirando o ar circulado e depois voltando para suas casas nos Estados Unidos e em países ao redor do mundo?”. Goodman respondeu que a pergunta era “alarmista”.
Ela acrescentou: “Eu não sou proprietária de um estabelecimento particular. Isso faz parte da competição neste país, da livre empresa e ser capaz de garantir que o que é oferecido ao público atenda às necessidades do público. No momento, estamos em crise de saúde e, portanto, para que um restaurante seja aberto ou que uma pequena boutique seja aberta, é melhor que eles descubram! Esse é o trabalho dela, não é o trabalho de um político”.
Repercussão
As polêmicas palavras da prefeita provocaram uma onda de críticas nas redes sociais, desde alguns políticos e representantes sindicais, que já se posicionaram contra a possibilidade de reabrir Las Vegas.
Do sindicato UNITE Here, que representa mais de 300.000 trabalhadores em todo o país, seu presidente, D. Taylor, descreveu os comentários de Carolyn Goodman como “uma das piores coisas que já ouvi. Ninguém quer mais do que eu do que as pessoas voltar ao trabalho, mas todo mundo quer voltar para um local de trabalho seguro e não ser um experimento”.
