A temporada 2026/2027 da Premier League irá passar por uma mudança bem representativa no que se refere à políticas de patrocínio. A partir desta temporada estarão proibidas casas de apostas como patrocinadoras principais dos clubes. Este movimento deve causar um impacto enorme no faturamento dos clubes ingleses.
O veículo especializado The Sponsor realizou uma pesquisa e a previsão é de que a mudança pode causar uma queda de 38% nos valores médios de patrocínios dos clubes.
O estudo alerta que algumas equipes devem perder mais da metade de suas receitas de patrocínio. O Wolverhampton, por exemplo, deve ter uma queda de 52% no valor justo de mercado médio.
O Bournemouth, de acordo com o estudo, possui um contrato com a empresa de apostas BJ88 com valor 49% acima do considerado “justo” pelo mercado. Sendo assim, o clube deverá ter dificuldades de encontrar outro patrocinador, que não seja do mesmo segmento de casas de apostas, para cobrir a parceria que será encerrada.
Atualmente, 11 clubes da Premier League têm acordos de patrocínio máster com casas de apostas ou semelhantes. Os altos valores investidos pelas empresas do segmento elevaram o valor considerado justo pelo mercado a um patamar que provavelmente não deverá ser mantido após a proibição.
Os clubes menores são os que devem sentir mais a saída das casas de apostas do mercado inglês. A expectativa é de que a correção nos valores de patrocínio na Premier League aumente ainda mais a diferença comercial entre as equipes mais prestigiadas e aquelas do final da tabela.
Nova regra sobre casas de apostas na Premier League
Conforme a nova regra, a proibição é apenas que as casas de apostas estejam expostas no espaço máster dos uniformes dos clubes. Portanto, não impede que as empresas assumam outras propriedades, como as mangas.
Na Premier League, as mangas das camisas possuem, em média, contratos 39% menores do que os espaços mais importantes. Ainda assim, as casas de apostas poderiam repetir a estratégia aplicada antes da proibição e inflar os acordos envolvendo a propriedade.
Para além das “bets”, o relatório ainda avalia que a proibição também surge como uma oportunidade para a entrada de novas marcas no futebol inglês. A queda nos valores pode, inclusive, gerar acordos com bom custo-benefício para empresas menores.