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Foto: Mauricio Fidalgo

As casas de apostas esportivas no Brasil têm adotado novas estratégias de marketing. Assim, não se limitando aos tradicionais patrocínios a clubes de futebol devido aos altos valores exigidos.

Em vez disso, muitas dessas empresas passaram a investir em “embaixadores“. Por exemplo, figuras influentes como o narrador Galvão Bueno e o jogador Vini Jr., do Real Madrid e da seleção brasileira.

Além disso, atletas campeãs como Beatriz Souza, Ana Patrícia e Duda Lisboa foram recentemente requisitadas pelas empresas após os resultados obtidos em Paris.

Duda, Bia Ana Patricia

Essa mudança de foco ocorre após a constatação de que os valores de patrocínio aos clubes estão inflacionados. Como evidenciado pelo contrato de R$ 360 milhões firmado entre o Corinthians e a VaideBet, o maior da história do futebol brasileiro.

No entanto, o acordo foi rompido apenas cinco meses depois, devido a problemas relacionados a pagamentos controversos feitos por uma empresa intermediária.

Diversificação dos investimentos das casas de apostas

Diante desse cenário, algumas casas de apostas planejam retomar os investimentos em clubes de futebol assim que implementarem a regulamentação do setor.

Um exemplo é a Galera.bet, que, após patrocinar o Corinthians e ser patrocinador máster do Brasileirão, optou por diversificar sua atuação, investindo no Carnaval de São Paulo e em escolas de samba.

Marcos Sabiá, CEO da Galera.bet, revelou que a mudança foi motivada pelo contexto de mercado e pelo inflacionamento das propriedades de marketing associadas ao futebol.

“Quando optamos em sair de patrocínios de times masculinos de futebol, buscamos focar em uma estratégia construída em razão do contexto de mercado… mas que não estão descartados no futuro próximo, especialmente no cenário pós-regulamentação”.

Outra empresa que segue esse movimento é a Casa de Apostas, que não investe diretamente em clubes. Porém, é patrocinadora máster da Copa do Nordeste e detentora dos naming rights da Arena Fonte Nova, em Salvador, e da Arena das Dunas, em Natal.

“A busca, a partir desses variados movimentos que temos feito, é por marcar presença em espaços onde o entretenimento está”, diz Anderson Nunes, diretor de negócios da empresa.

Mercado das ‘bets’

Apesar dessa tendência de diversificação, a maioria dos clubes da Série A do futebol brasileiro continua a ser patrocinada por casas de apostas. Essas empresas investem mais de R$ 500 milhões anualmente nesse mercado.

Mesmo com o Brasil ainda não estando entre os maiores países em termos de faturamento no setor de apostas, ele se destaca pela alta audiência nas plataformas de apostas, com 194,2 milhões de visitas mensais em média, ao longo dos últimos 12 meses.

Por fim, essa movimentação no mercado das “bets” reflete uma busca por novas formas de se conectar com o público, especialmente em um cenário onde o futebol e o entretenimento estão cada vez mais interligados.