A Blaze informou à Polícia Federal (PF) sobre a participação de cinco indivíduos em apostas ligadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique no jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023. As informações foram fornecidas durante as investigações sobre um esquema de manipulação de resultados envolvendo o jogador do Flamengo e pessoas próximas.
Os apostadores, de acordo com a Blaze, lucraram R$ 3.896 após a punição de Bruno Henrique. O grupo investiu R$ 1.948 ao todo, recebendo R$ 5.844 somente do cartão amarelo.
Entre os apostadores estão Douglas Ribeiro, que fez duas apostas — uma de R$ 64 com retorno de R$ 192 e outra de R$ 150 com ganho de R$ 450; Rafaela Cristina, que colocou R$ 634 e obteve R$ 1.902; Claudinei Vitor, investimento de R$ 600 resultando em R$ 1.800; e Andryl Sales, que apostou R$ 500 e ganhou R$ 1.500.
Conforme a PF, este é o segundo grupo de apostadores identificado no caso. Inicialmente, foi encontrado um grupo constituído por familiares do jogador.
Envolvimento de Bruno Henrique
A polícia detectou a participação ativa de Bruno Henrique no esquema, uma suspeita anterior. As trocas de mensagens entre o jogador e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, corroboraram a teoria. Uma das conversas, extraída do celular de Wander, mostra Bruno relatando a intenção de receber um cartão amarelo.
O irmão de Bruno, por sua vez, menciona “guardar dinheiro” para apostar. De acordo com a PF, 3.989 mensagens do WhatsApp do jogador foram analisadas, apesar de muitas já estarem apagadas. O conteúdo restante fundamentou o indiciamento do atleta por estelionato e fraude esportiva.
Posicionamento da Blaze
Em comunicado, a Blaze enfatizou que está colaborando totalmente com as investigações, dentro da legislação brasileira. A empresa mencionou que, conforme o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/14) e a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98), forneceu os dados cadastrais básicos solicitados pela PF. A divulgação de informações financeiras detalhadas dependerá de ordem judicial.
A Blaze reafirmou seu compromisso com a integridade esportiva e condenou práticas ilícitas. Além disso, destacou que opera legalmente no Brasil com licença da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e está pronta para apoiar as autoridades quando necessário.