A aprovação do projeto de lei sobre Marco Regulatório do Jogo no Brasil (PL 442/1991) pode trazer mudanças consideráveis ao futebol nacional. Ao menos, os clubes esperam que a oficialização da proposta represente uma nova fonte de renda.

Confira tudo na matéria do Blog P4FGrandes times de futebol buscam aumentar receitas” a seguir:

Os clubes de futebol brasileiros estão ansiosos para que o projeto de Lei sobre o Marco Regulatório do Jogo no Brasil (PL 442/1991) seja aprovado em breve. O projeto prevê que as equipes possam finalmente gerenciar suas próprias arenas. O objetivo dos clubes é realizar bingos em estádios de futebol.

Nos últimos anos, muitos clubes brasileiros sofreram muito com a falta de recursos. E um dos problemas mais comuns responsáveis por esta situação é que esses clubes simplesmente não são os donos de seus estádios.

Atualmente, a maioria dos estádios brasileiros é pública. Desta forma, os estados e municípios escolhem quem cuida da gestão dessas arenas. Em geral, as empresas escolhidas não estão vinculadas aos clubes. E é justamente isso que o novo projeto está tentando mudar.

Alguns clubes de futebol do Rio já pediram gerenciamento autônomo de suas arenas

Tentando melhorar essa situação, os clubes Flamengo e Fluminense do Rio de Janeiro propuseram ao governo estadual que eles próprios sejam os administradores de seus estádios.

A situação é tão complicada que, no caso do Maracanã (o estádio do Flamengo), a administradora é a construtora Odebrecht.

A empreitera, responsável pela construção do estádio, agora é alvo de investigação em diversos casos de corrupção. Aliás, muitos de seus executivos estão sendo presos por crimes envolvendo lavagem de dinheiro e outros tipos de irregularidades.

Segundo Pedro Trengrouse, advogado especializado em esportes, em entrevista ao Diário Carioca, uma empresa como a Odebrecht não tem capacidade para administrar o estádio. Apenas a corrupção pode explicar esse tipo de situação.

Um dos pontos-chave do PL 442/991 é justamente acabar com esses problemas. Entre várias propostas importantes, o projeto prevê a liberação do bingo em estádios brasileiros com capacidade para mais de 15 mil pessoas.

Trengrouse também disse que a liberação do bingo nos estádios, administrado pelos próprios clubes, poderia gerar um aumento de receita de US $ 5 milhões por ano para as equipes.

O projeto também prevê um limite de até 300 máquinas de bingo por estádio. A licença para operar a atividade seria concedida por 20 anos, prorrogável pelo mesmo período.

Um dos planos dos clubes é abrir a possibilidade de que as pessoas possam apostar no bingo nos mesmos dias dos jogos de futebol. As apostas ocorreriam antes do início dos jogos e também durante o intervalo do jogo.

Por enquanto, os apostadores brasileiros só podem jogar bingo online

Por enquanto, os apostadores brasileiros de bingo só podem jogar bingo online em sites de empresas que não estão sediadas no país.

Isso significa a perda de receita da União e a impossibilidade dessas empresas gerarem lucro e emprego dentro do próprio país.

Em vários lugares do mundo, os estádios são administrados pelos clubes e têm tido muito sucesso.

Por exemplo, o Emirates Stadium, localizado em Londres, é dirigido pelo Arsenal FC. Nesse caso, a arena gera quase metade da receita do clube.

Até agora, no Brasil, os clubes só podem lucrar com a receita que vem de seus próprios jogos nas arenas. Eles perdem toda a receita que poderiam obter de outras atividades, como shows, eventos e apostas.

Outro problema dos estádios brasileiros é o alto custo de manutenção e operacionalização. Alguns estádios construídos no país para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014 são subutilizados, gerando apenas custos de manutenção e baixa renda.

É claro que também é importante que as equipes brasileiras estejam focadas em criar uma gestão cada vez mais profissional. Isso tornará ainda mais viável a liberação do bingo nos estádios de futebol.

Vários esforços para aprovação no Marco Regulatório dos Jogos estão sendo feitos. Líderes empresariais e políticos estão envolvidos na obtenção de projetos o mais rápido possível.