HomeAposta EsportivaSetor de apostas alerta que imposto alto pode inviabilizar operações no Brasil

Setor de apostas alerta que imposto alto pode inviabilizar operações no Brasil

Segundo nota publicada por seis entidades representativas, a elevação da carga tributária para o setor é considerada “injustificável”.


Associações do segmento de apostas se manifestaram contra o aumento da alíquota sobre o faturamento das casas de apostas, anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo nota publicada por seis entidades representativas, a elevação da carga tributária para o setor é considerada “injustificável”.

O anúncio do ministro declarou que uma das alternativas ao decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) seria o aumento da alíquota de 12% para 18% sobre o faturamento das empresas do setor.

Documento das associações de bets em oposição ao acréscimo tributário

Antes do comunicado oficial, as associações divulgaram um documento em oposição ao acréscimo tributário. O texto menciona que o segmento hoje conta com 79 operadores autorizados, que já investiram mais de R$ 2,4 bilhões em outorgas para começar suas operações no Brasil. Confira o manifesto na íntegra.

Na nota, os representantes afirmaram: “a expectativa de contribuição tributária e social para o ano de 2025 ultrapassa R$ 4 bilhões, com destinação a áreas estratégicas como esporte, saúde, segurança pública, turismo, educação e seguridade social”. As associações completaram: “É injustificável — sob qualquer perspectiva técnica, econômica ou de política pública — a imposição de novos ônus tributários a um setor que já é extremamente onerado e contribui de forma expressiva e responsável para o país, sob pena de inviabilizar a atividade”.

O novo modelo de tributação, proposto pelo Ministério da Fazenda, vai incidir sobre o chamado GGR (Gross Gaming Revenue). Ou seja, essa base corresponde à diferença entre o valor arrecadado com apostas e o montante pago em prêmios.

Além disso, Fernando Haddad declarou que o setor ficou por muito tempo sem “disciplinamento”. Portanto, ele afirmou que será apresentada a primeira divulgação oficial de dados do segmento no país.

De acordo com Haddad, “nós vamos apresentar os primeiros dados coletados da regulamentação das bets, apresentar para o país o tamanho deste mercado, como está organizado”.

Compromisso com a lei das apostas

O setor ressalta que, desde a entrada em vigor da nova lei para apostas esportivas, demonstra compromisso com a legalidade e o desenvolvimento econômico nacional. Informou ainda que os operadores licenciados operam sob uma estrutura tributária bastante elevada. Entre os tributos, estão:

  • Até 26% sobre a receita bruta dos operadores (12% de Gaming Tax, 9,25% de PIS/COFINS e até 5% de ISS);
  • 34% sobre os lucros (25% de IRPJ e 9% de CSLL);
  • Taxa de fiscalização mensal que pode chegar a R$ 2 milhões por operador.

Conforme dados do Ministério da Fazenda, a arrecadação com a taxa de fiscalização sobre apostas on-line foi de R$ 21,4 milhões no primeiro trimestre de 2025.

Entre as entidades que assinam a nota estão:

  • Associação Brasileira de Jogos e Loterias
  • Associação de Bets e Fantasy Sports)aigaming.com.br
  • Associação Internacional de Gaming
  • Associação Nacional de Jogos e Loterias
  • Instituto Brasileiro do Jogo Responsável
  • Instituto Brasileiro Jogo Legal


As associações apontam ainda que a reforma tributária aprovou o Imposto Seletivo, conhecido como Imposto do Pecado, sobre as apostas.

Embora a alíquota ainda dependa de definição do Legislativo, o novo imposto aproxima a carga tributária total do setor dos 50%. Na avaliação das representações, esse cenário pode comprometer a viabilidade econômica do mercado regulamentado de jogos on-line no país.


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