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Bruno Henrique, jogador do Flamengo. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam, desde 2024, o atacante do Flamengo Bruno Henrique, suspeito de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados relacionado a cartões amarelos.

A operação Spot Fixing acompanha supostas movimentações do jogador, que teria beneficiado familiares em apostas envolvendo cartões recebidos durante partidas.

Conforme as investigações, três familiares de Bruno Henrique foram beneficiados. Segundo o blog de Mirelle Pinheiro, do “Metrópoles”, os valores aplicados e os retornos obtidos estão detalhados.

Em um dos casos, o irmão do atacante apostou 70 euros e recebeu mais de 230 euros após o jogador receber um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023.

A cunhada de Bruno também lucrou em duas casas de apostas estrangeiras. Na primeira aposta, o apostador investiu 70 euros e obteve um retorno de mais de 220 euros. Na segunda, aplicou R$ 500 e recebeu R$ 1.425.

Ministério Público solicita mais tempo para investigação

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou mais 30 dias para aprofundar as investigações, destacando a complexidade do caso. Entre as diligências, está a análise do celular do atleta, apreendido ainda em 2024, quando as investigações começaram.

Após o prazo, o MPDFT decidirá se formaliza uma denúncia contra Bruno Henrique ou se arquiva o caso por falta de provas.

Um dos fatores que motivaram a investigação foi o volume incomum de apostas vencedoras associadas a cartões amarelos do jogador. De acordo com dados da Kaizen Gaming, 98% das apostas em cartões amarelos eram direcionadas ao atacante do Flamengo.

Cronologia da investigação sobre Bruno Henrique

No dia 1º de novembro de 2023, Flamengo e Santos se enfrentaram pela 31ª rodada do Brasileirão. Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo por falta contra Soteldo. Poucos segundos depois, foi expulso após receber o segundo amarelo por reclamação. O Flamengo perdeu por 2 a 1.

Mais de um ano depois, em 5 de novembro de 2024, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro iniciaram uma investigação sobre o suposto esquema de apostas.

Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão em endereços dentro e fora do Rio de Janeiro, incluindo o Ninho do Urubu. Mais de 50 oficiais federais participaram da ação e apreenderam itens como o celular do jogador.

Em 7 de novembro de 2024, o empresário de Bruno Henrique, Denis Ricardo, comentou a situação. De acordo com ele, o atacante manteve a tranquilidade durante e após as ações da Polícia Federal e do Ministério Público.

As investigações continuam, com foco em comprovar ou descartar o envolvimento do jogador no esquema de apostas. O caso aguarda novas etapas da apuração.