Depoimento de Paquetá na CPI das Apostas é adiado novamente
Lucas Paquetá. (Imagem: CBF / Rafael Ribeiro)

O depoimento de Lucas Paquetá à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi adiado pela segunda vez. O jogador, que atua pelo West Ham e pela Seleção Brasileira, ainda não tem nova data marcada para a oitiva.  

De acordo com informações do Estadão, os advogados do atleta alegaram inviabilidade de participação nesta semana, mas não detalharam os motivos.

A justificativa coincide com a agenda do West Ham, que enfrenta o Leicester nesta terça-feira (03) pela Premier League. A expectativa é que Paquetá esteja à disposição do técnico Julen Lopetegui.  

Defesa de Paquetá na Inglaterra  

Inicialmente, Paquetá deveria ser ouvido no dia 30 de outubro. Após um pedido de adiamento negado pela CPI, uma segunda solicitação foi aceita. Essa solicitação mencionava que o jogador estava concentrado na preparação de sua defesa para a investigação realizada pela Associação Inglesa de Futebol (FA)

Sua defesa será apresentada ainda em dezembro, quatro meses antes de uma audiência marcada para março de 2025. Com isso, o depoimento na CPI foi reagendado para 3 de dezembro. No entanto, na véspera da data, o nome do jogador não apareceu na agenda oficial da comissão. 

Em vez disso, a programação desta terça-feira inclui apenas os seguintes depoimentos:

Em outubro, Lucas Paquetá usou suas redes sociais para se posicionar sobre as acusações. Na publicação, ele afirmou estar “frustrado e chateado” com o que chamou de “artigos de imprensa enganosos e imprecisos” sobre o caso.  

“Continuo negando as acusações contra mim e estou ansioso para demonstrar minha inocência”, escreveu o atleta, encerrando a nota de forma firme.  

Clubes pequenos também estão na mira da CPI 

Na próxima quarta-feira (04), a CPI ouvirá Reginaldo Gomes, presidente da Sociedade Esportiva Belford Roxo, clube da Série B1 do Campeonato Carioca. A Polícia Civil do Rio de Janeiro citou a equipe em uma investigação sobre manipulação de jogos.  

A partida investigada ocorreu em junho, contra o Nova Cidade. A suspeita surgiu após um volume elevado de apostas, principalmente na Ásia, que previam a vitória do Nova Cidade no primeiro tempo e do Belford Roxo no jogo completo. O Nova Cidade abriu 3 a 1 no primeiro tempo, mas o Belford Roxo virou e venceu por 5 a 3.  

Na semana passada, Jorge Luiz Pacheco Eloy, presidente do Nova Cidade, prestou depoimento. Mas ele negou suspeitas de manipulação, atribuindo o resultado à preparação física limitada da equipe.  

“Infelizmente, o time de base não tem profissionais competentes para a função de preparador físico. Jogam bem no primeiro tempo, mas no segundo podem sofrer como aconteceu com o Botafogo”, disse Eloy. Dirigente citou a virada histórica do Palmeiras sobre o Botafogo em 2023 na reta final do Brasileirão.  

Portanto, a CPI segue aprofundando as investigações sobre a manipulação de resultados no esporte e o impacto das apostas esportivas. O suposto envolvimento de grandes jogadores, como Paquetá, e clubes menores reforça a complexidade do cenário.  

Assim, a expectativa é que os próximos depoimentos ajudem a esclarecer as denúncias e contribuam para regulamentar e fiscalizar o setor. O caso segue em destaque tanto no Brasil quanto na Inglaterra.