A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas deu um passo significativo ao converter o requerimento para ouvir Lucas Paquetá em convocação. O meia da Seleção Brasileira, atualmente jogando pelo West Ham na Inglaterra, será obrigado a comparecer perante a comissão.
A Associação de Futebol Inglesa (FA) indiciou Paquetá em maio deste ano, levando a esta decisão. Conforme a acusação da FA, o jogador teria provocado intencionalmente cartões amarelos em quatro partidas da Premier League, levantando suspeitas de manipulação.
O presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), explicou a mudança de abordagem: “Ele não aceitou. Agora é convocação. Ele e a Deolane são convocações para o dia 29. São convocações, agora acabou. Se não a gente perde a credibilidade”.
Kajuru expressou sua indignação com a situação atual de Paquetá: “Eu acho um absurdo, eu acho abominável o jogador Paquetá ainda estar na Seleção Brasileira, sendo convocado, jogando”.
O senador destacou que o atleta continuará atuando nas próximas partidas das eliminatórias da Copa do Mundo, apesar das investigações em curso.
Luiz Henrique, do Botafogo, pode ser convocado
A convocação de Paquetá pode ter desdobramentos para outros jogadores. Dependendo de seu depoimento, o atacante Luiz Henrique, do Botafogo, também convocado para a Seleção, pode se tornar alvo da CPI.
Dessa maneira, a CPI das Apostas expande seu escopo continuamente. Isso porque uma nova comissão, a CPI das BETs, poderá iniciar suas atividades até o final do mês, com 11 membros titulares e sete suplentes.
Outros nomes convocados a prestar depoimento na CPI das Apostas
Na última terça-feira (8), a CPI aprovou a convocação da advogada e influenciadora Deolane Bezerra a prestar depoimento. A decisão, proposta pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), busca esclarecer possíveis conexões entre facções criminosas e empresas de apostas online.
Além de Deolane, que ficou presa por 19 dias em setembro devido a investigações, a CPI também convocou Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, e Bruno Tolentino, tio de Paquetá, acusado de realizar transferências financeiras suspeitas.