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As autoridades chinesas decidiram punir 61 pessoas envolvidas em um esquema criminoso que incluía manipulação de resultados em partidas de futebol. Entre os envolvidos, 44 foram banidos permanentemente do esporte, enquanto 34 também enfrentam condenação à prisão.

A investigação, que começou em 2022, identificou 120 partidas manipuladas e desmantelou 12 grupos criminosos envolvidas. Além de jogadores, o esquema atingiu árbitros, treinadores e gerentes de clubes.

A operação levou à prisão de 128 pessoas e resultou em 83 medidas coercitivas para combater práticas criminosas relacionadas ao futebol.

Entre os punidos, o destaque vai para o meia Jing Jingdao, ex-jogador do Shandong Taishan e da seleção chinesa, que atuou entre 2011 e 2021.

Jingdao foi banido para sempre do futebol. Outros 17 jogadores receberam uma suspensão de cinco anos, proibidos de participar de qualquer atividade ligada ao esporte no país.

Punições rigorosas e medidas preventivas

Durante uma coletiva de imprensa, o representante da Associação Chinesa de Futebol enfatizou que os casos manipulação de resultados “serão tratados com seriedade e não serão tolerados”.

A Administração Geral de Esportes da China reafirmou seu compromisso em combater o “jogo falso” no futebol profissional, trabalhando em conjunto com o Ministério da Segurança Pública para interromper a propagação dessa prática.

Essa não é a primeira vez que o futebol chinês lida com esse tipo de situação. Em 2013, Shen Liuxi, ex-jogador do Hangzhou Greentown, também foi banido permanentemente após ser condenado por envolvimento em manipulação de resultados.

Queda de manipulação de resultados no Brasil

Recentemente, a CBF anunciou uma redução de 70% nas suspeitas de manipulação de resultados em jogos de futebol no Brasil. Os dados, fornecidos pela empresa de monitoramento Sportradar, referem-se ao período de janeiro a agosto deste ano.

Eduardo Gussem, oficial de integridade da CBF, destacou que a entidade não recebeu alertas de manipulação em abril e agosto, sinalizando um progresso na luta contra o problema. O seminário realizado no final de agosto, organizado pela Fundação Getúlio Vargas, FIFA e Cies, reforçou o compromisso com a integridade esportiva.

Gussem também criticou a divulgação imprecisa dos casos, mencionando que o Brasil possui mais de 130 competições anuais, o que pode distorcer a percepção da situação. A Sportradar identificou 109 casos suspeitos de manipulação em 9 mil jogos, com uma redução significativa em comparação ao ano passado.