CPI-das-apostas-quer-ouvir-Pai-do-VAR-e-Presidentes-de-Associacoes-de-Arbitros-e-Apostas.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Após ouvir o chefe da comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Seneme, a CPI das Apostas no Senado quer convocar o ex-árbitro FIFA Manoel Serapião Filho, conhecido como o “pai do VAR”, e Salmo Valentim, presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf).

A proposta foi apresentada pelo líder do PL, Carlos Portinho, e solicita a oitiva conjunta dos convidados na condição de testemunhas.

Segundo Carlos Portinho, o ex-árbitro Manoel Serapião Filho tem um “conhecimento privilegiado” sobre as diretrizes e critérios impostos pela CBF.

Essas diretrizes, aliás, influenciam diretamente o exercício da arbitragem e a integridade das competições esportivas.

A intenção é que Serapião Filho ofereça insights valiosos sobre a implementação e operação do VAR no Brasil. Dessa maneira, destacando como as normas da CBF impactam a arbitragem.

Além de Manoel Serapião Filho, a CPI também quer ouvir Salmo Valentim. O presidente da Anaf precisa comparecer para explicar melhor as práticas e políticas da CBF sobre arbitragem.

De acordo com o documento apresentado por Portinho, tanto Serapião Filho quanto Valentim podem “proporcionar insights importantes sobre as práticas e políticas adotadas pela CBF em relações aos julgados”.

A CPI também convidou Rodrigo Alves, presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas (Abraesp).

Portinho destacou a importância de Alves fornecer informações sobre a atuação das empresas de apostas esportivas no combate e prevenção à manipulação de resultados.

Senador Carlos Portinho (PL-RJ). – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Wilson Seneme chegou a montar um ‘estúdio do VAR’ em sessão da CPI das Apostas

Recentemente, Wilson Seneme montou um estúdio do VAR com sete monitores em uma sessão da CPI. A montagem desse espaço teve como objetivo principal esclarecer o funcionamento do VAR na prática, indo além das informações que são postas em público durante partidas de futebol.

Durante seu depoimento, Seneme também abordou as acusações feitas por John Textor, acionista majoritário do Botafogo. Textor apontou supostas manipulações em jogos do Campeonato Brasileiro, o que Seneme refutou categoricamente.

“Dou a ele 0% de possibilidade. Com a experiência que tenho, não vi e não identifiquei nenhuma ação que possa dar a mínima referência e transformá-la em algum tipo de manipulação de resultado.

Erros de arbitragem ocorrem. Mas transformar um erro de arbitragem em denúncia por manipulação de resultado, na minha visão, é uma ação irresponsável”.