Imagem: Agência Senado / Marcos Oliveira
A solicitação para a reunião secreta partiu do senador Carlos Portinho (PL-RJ). Foto: Agência Senado

Nesta segunda-feira (13), a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado vai realizar uma reunião secreta. O convidado para prestar esclarecimentos é o ex-árbitro de futebol Glauber do Amaral Cunha.

Ele foi convocado para prestar explicações referentes a suspeitas de manipulação em resultados de partidas de futebol.

Glauber Cunha é acusado de manipulação de resultado em divisão inferior do Carioca

A solicitação para a reunião secreta partiu do senador Carlos Portinho (PL-RJ). De acordo com ele, “a sensibilidade e a natureza sigilosa das informações” exigem medidas adequadas para proteger a integridade das investigações.

Portinho defende que a sessão secreta é necessária para criar um ambiente seguro. Assim, o depoente pode compartilhar detalhes cruciais sem medo de represálias. Ou seja, a confidencialidade é fundamental para garantir a cooperação total do depoente e preservar a integridade do processo de investigação.

Suspeita-se que Cunha recebeu propina para manipular o resultado de um jogo de divisão inferior do Campeonato Carioca.

John Textor, sócio majoritário do Botafogo, teria citado ele. O empresário norte-americano apresentou à CPI um áudio de Cunha afirmando ter marcado um pênalti duvidoso.

Recentemente, a defesa do ex-árbitro solicitou acesso aos documentos entregues pelo dono do Fogão aos senadores.

Sobre a CPI de manipulação de jogos no Senado

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas é de extrema importância tanto para o mercado de apostas quanto para o futebol brasileiro. Os trabalhos devem durar até seis meses.

No que diz respeito ao mercado de apostas, a investigação pode ajudar a garantir a integridade e a transparência das apostas esportivas. Além disso, é importante para manter a confiança dos apostadores e garantir que o mercado continue a crescer de maneira saudável.

Mas no contexto do futebol brasileiro, a CPI pode ajudar a combater a corrupção e a manipulação de resultados, que prejudicam a imagem e a credibilidade do esporte.

Vale salientar que a Câmara dos Deputados realizou um trabalho similar no ano passado, apurando denúncias investigadas pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima.