CPI das apostas esportivas jogadores Paquetá e Luiz Henrique não respondem a convites
Lucas Figueiredo/CBF

A CPI das apostas esportivas aprovou requerimentos que convidavam dois jogadores brasileiros que atuam na Europa a depor: Lucas Paquetá, do West Ham, e Luiz Henrique, do Bétis.

Entretanto, os atletas não responderam aos contatos da comissão da Câmara dos Deputados.

De acordo com a coluna Panorama Esportivo desta quinta-feira, 30, os parlamentares devem votar duas solicitações de convocação para os atletas sejam ouvidos na condição de investigados.

A solicitação de depoimento foi realizada pelo deputado Felipe Carreras (PSB/PE), relator da CPI. Ele não descarta a possibilidade de os jogadores deporem por videoconferência.

Os convites a Paquetá e Luiz Henrique foram aprovados na semana passada, após serem reveladas informações de um suposto envolvimento deles em um esquema de apostas.

O SportRadar emitiu um relatório de uma possível aposta casada envolvendo os atletas em partidas de seus respectivos times no dia 12 de março. Ou seja, partidas ainda válidas pela temporada 2022 / 2023.

Conforme o comunicado da empresa, contas vinculadas a pessoas próximas de Paquetá teriam apostado que ele o atacante do Bétis seriam advertidos com cartões amarelos. O que realmente aconteceu.

As apostam foram feitas em Duque de Caxias, através do site Betway, que patrocina o time inglês.

Em função desse suposto envolvimento de Paquetá com o esquema de apostas, a Federação Inglesa de Futebol (FA) iniciou uma investigação.

Ele também foi barrado da primeira convocação da seleção brasileira realizada pelo treinador Fernando Diniz visando os dois primeiros jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

Real Betis - CPI das apostas esportivas
Luiz Henrique, do Bétis. Foto: Divulgação / Twitter do Bétis

Luiz Henrique também ficou fora da lista de atletas do técnico Ramon Menezes, da seleção olímpica. A equipe sub-23 vai encarar Marrocos em dois amistosos na próxima Data Fifa.

CPI das apostas esportivas

CPI das apostas esportivas é presidida pelo deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE). Os trabalhos foram iniciados em 17 de maio com prazo inicial de 120 dias, mas esse período foi ampliado.

A iniciativa para criar o colegiado se baseou nas investigações feitas pelo Ministério Público de Goiás que levantaram suspeitas de manipulação em jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado, bem como em estaduais deste ano.

Vários jogadores relacionados com o esquema já foram julgados pela justiça desportiva e foram punidos com multas, suspensões e até banimento do futebol.