O presidente da CPI das Apostas Esportivas, o deputado Julio Arcoverde (PP-PI), solicitou a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 2 meses.
A continuidade dos trabalhos, se aceita, passa a valer a partir da data determinada inicialmente para o encerramento das apurações.
Em solicitação oficial, o deputado alegou que ainda há “diversas pessoas e entidades a serem ouvidas, diligências a serem realizadas, documentos a serem solicitados e analisados, com requerimentos já aprovados, a ampliação do prazo é conditio sine qua non para alcançar os objetivos desta CPI”.
De acordo com Arcoverde, até agora a Secretaria-Executiva recebeu 246 requerimentos dos integrantes do colegiado, desde convites e convocações a quebras de sigilo e pedidos de informações sobre inquéritos e procedimentos policiais.
A CPI das apostas esportivas, que investiga supostos esquemas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, foi iniciada em 17 de maio.
O período inicial definido para os trabalhos é de 120 dias.
Reunião da CPI das apostas esportivas
Conforme o site da Câmara dos Deputados, a CPI das apostas esportivas se reunirá nesta terça-feira, 8. A audiência pública tem dois convidados agendados:
- André Gelfi – Presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJL) (confirmado)
- Wesley Callegari Cardia – Presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) (confirmado).
Além disso, há quatro requerimentos de participantes em pauta:
- Requerimentos nºs 24 e 81, do Deputado Fred Costa;
- Requerimentos nºs 54 e 55, do Deputado Capitão Alberto Neto;
- Requerimento nº 66, do Deputado Daniel Freitas;
- Requerimentos nºs 89 e 92, do Deputado Aureo Ribeiro.
A comissão
A CPI das apostas esportivas é presidida pelo deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
A iniciativa para criar o colegiado partiu de investigações feitas pelo Ministério Público de Goiás que levantaram suspeitas de manipulação no resultado de quatro jogos da Série B do Campeonato Brasileiro.
Intitulada Operação Penalidade Máxima revelou que irregularidades também foram cometidas em jogos da Série A do Brasileirão do ano passado, bem como em partidas de campeonatos estaduais deste ano.
Alguns jogadores já foram julgados pela justiça desportiva e foram punidos com multas, suspensões e até banimento do futebol.