O Tribunal de Justiça Desportiva do Ceará (TJD-CE) suspendeu provisoriamente dois atletas do Guarani de Juazeiro por suspeita de participação em esquema de manipulação de jogos com grupos criminosos. Os nomes dos jogadores não foram anunciados. As partidas em que os fatos teriam acontecido foi promovido em 5 de julho, pela Taça Fares Lopes.
A competição é promovida no segundo semestre pela Federação Cearense de Futebol (FCF) para conceder calendário a times do estado que não estão em nenhuma competição nacional ou para que os times tradicionais, como o Fortaleza, possam dar ritmo de jogo a atletas. O Guarani de Juazeiro encarou o Iguatu pela segunda rodada e foi goleada por 6 a 0.
A empresa Sportradar, parceira pela FCF para efetuar monitoramento de apostas esportivas e cruzamento de dados que reconheça possíveis esquema de manipulação de resultados, repassou à organização um estudo sobre a possibilidade dos dois jogadores do Guarani “estarem praticando atos contrários à lisura desportiva com indícios flagrantes de envolvimento em apostas esportivas”.
O que os jogadores possam ter realizado está sendo mantido em segredo. A súmula do confronto, assinada pelo árbitro Francisco Willame da Silva Ferreira, indica que cinco dos seis gols aconteceram na segunda etapa, em apenas 21 minutos.
Além disso, apenas jogadores do Guarani foram punidos com cartões amarelos na partida: cinco no total e dois nos acréscimos.
Esquema de manipulação pode ser investigado pelo Ministério Público do Ceará
A diretoria da Federação Cearense de Futebol (FCF) encaminhou a documentação da Sportradar para integrantes do TJD-CE, que decidiram pela suspensão temporária de dois atletas.
O caso agora será apurado pela procuradoria do tribunal, e os dados podem ser enviados ao Ministério Público do Ceará para que seja tratado nos âmbitos cível e criminal.
Operação Penalidade Máxima
Nos últimos meses, especialmente depois da investigação da promotoria de Goiás, vários casos de jogadores suspeitos de envolvimento de esquema de manipulação de resultados.
Ao todo, o Ministério Público de Goiás já denunciou pelo menos 17 pessoas na Operação Penalidade Máxima. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) puniu vários jogadores, com penas que chegaram ao banimento do futebol.
