O atacante Jarro Pedroso, do Inter de Santa Maria, foi punido, na última terça-feira, 30, com uma suspensão de 720 dias (dois anos) e uma multa de R$ 100 mil pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) por participação em um esquema de manipulação de resultados na edição 2023 do Campeonato Gaúcho.
O jogador efetuou um acordo com apostadores para cometer um pênalti no primeiro tempo do jogo, realizado no dia 12 de fevereiro deste ano, entre São Luiz, seu time à época, e o Caxias. Jarro cumpriu o combinado e cometeu uma falta dentro da área aos 15 minutos da etapa inicial do confronto, que terminou com vitória do Caxias por 3 a 1.
No âmbito da operação Penalidade Máxima, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Jarro reconheceu as irregularidades e não foi processado criminalmente. Porém, no âmbito esportivo ainda cabia punição, conforme a Agência Brasil.
O julgamento do atacante seria realizado na última semana em conjunto com o do lateral Nikolas Farias (punido com uma multa de R$ 80 mil e 720 dias de suspensão por participar de um esquema para cometer um pênalti contra o Esportivo no Gaúcho de 2023, competição pela qual defendia o Novo Hamburgo), mas foi adiado após a defesa do jogador pedir mais tempo para elaborar melhor a estratégia de defesa.
Operação Penalidade Máxima e as investigações sobre esquema de manipulação de resultados
A investigação do MP-GO sobre o esquema de manipulação de resultados surgiu no mês de fevereiro, a partir de uma denúncia realizada pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo.
Naquela oportunidade, o dirigente revelou que Romário aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti no primeiro tempo do jogo contra o Sport. Bravo foi um dos primeiros convidados da CPI das apostas esportivas da Câmara dos Deputados na última terça-feira, 30.
Posteriormente, em abril, o MP-GO ampliou o escopo das investigações, passando a apurar possíveis eventos irregulares em partidas da Série A do ano passado e de campeonatos estaduais deste ano.
