CPI das apostas esportivas: integrantes do MPGO e presidente do Vila Nova serão ouvidos
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A CPI das apostas esportivas, que investiga casos de manipulação de jogos no futebol brasileiro, escuta, nesta terça-feira, 30, os primeiros convidados desde a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara dos Deputados.

Um dos participantes será o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo. Ele foi responsável por denunciar um caso de fraude no time. Além disso, o procurador-geral e o promotor de Justiça do Ministério Público do Goiás (MPGO) Cyro Terra Peres e Fernando Cesconetto, respectivamente, também serão ouvidos.

Peres e Cesconetto participaram das ações da Operação Penalidade Máxima do MPGO, que se destacou nos noticiários nacionais nos últimos meses depois da denúncia de 16 pessoas por fraudes em 13 jogos de futebol. A intenção será descobrir o caminho que resultou no começo das apurações.

Conforme o Metropoles, os deputados devem perguntar ao dirigente quais fatores o fizeram desconfiar de ações irregulares contra o seu time, além de nomes de possíveis pessoas relacionadas ao esquema. Já os integrantes do MPGO devem ser questionados sobre os documentos da investigação.

Novas convocações

Além de ouvir os três convidados, os integrantes da CPI votarão 19 requerimentos que estão na pauta da sessão desta terça-feira. Na lista, há solicitações de convite a nomes como Andrei Rodrigues, diretor da Polícia Federal, e Ana Moser, ministra dos Esportes.

Também há pedidos de convite ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para esclarecer sobre o formato das operações efetuadas por casas de apostas.

Os convites aos presidentes da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, da Federação dos Árbitros de Futebol do Brasil, do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) também devem ser apreciados.

CPI das Apostas Esportivas

A CPI das apostas esportivas tem presidência de Júlio Arcoverde (PP-PI) e relatoria de Felipe Carreras (PSB-PE). A discussão sobre o tema se intensificou nos últimos dias, após o Ministério Público do Goiás (MPGO) denunciar 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.

Os casos envolveram partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro do ano passado, e dos campeonatos Gaúcho e Paulista de 2023. Na apuração realizada pelo Ministério Público, os clubes e as casas de apostas são considerados vítimas.