A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar um suposto esquema de manipulação de resultados no vôlei. A informação foi revelada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em entrevista à Itatiaia.
Na última quinta-feira, 18, o ministro promoveu uma entrevista coletiva para abordar ações do governo em vários segmentos, incluindo a apuração da Polícia Federal de um suposto esquema de manipulação de jogos de futebol nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e de Campeonatos Estaduais deste ano.
Por isso, Flávio Dino afirmou que a PF está à disposição para ajudar no desdobramento dos trabalhos da CPI das apostas, instaurada na quarta-feira na Câmara dos Deputados.
“Em relação às apostas, nós temos várias vertentes hoje de investigação que inclusive ultrapassam o futebol. Há casos de outros esportes, inclusive, que estão em investigação para que, com isso, a PF consiga apreender todo esse mosaico que infelizmente se constituiu”, afirmou o ministro.
“Nós, Ministério da Justiça e Polícia Federal estamos à disposição para colaborar para o bom funcionamento da CPI. Nós acreditamos que o Parlamento tem um aspecto fundamental sobretudo na dimensão prospectiva, ou seja, um novo marco normativo que seja preventivo à ação criminosa desses fraudadores”, concluiu.
Investigação de manipulação de resultados no vôlei está em etapa inicial
O ministro Flávio Dino declarou que a apuração da Polícia Federal relacionada ao suposto esquema de manipulação no vôlei ainda está na sua etapa inicial.
A PF recebeu denúncias de irregularidades na modalidade depois que os casos protagonizados por jogadores de futebol passaram a ser divulgados amplamente pela imprensa brasileira. Entretanto, ainda não há denúncia de atletas de vôlei que possam estar envolvidos no esquema.
Vale lembrar que as denúncias de manipulação de resultados no futebol partiram do Ministério Público de Goiás, que está à frente da Operação Penalidade Máxima. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ordenou a suspensão provisória de oito jogadores implicados. A determinação do presidente Otávio Noronha tem uma duração de 30 dias.