Apostas esportivas: Departamento jurídico do Vasco instrui jogadores sobre pratica
Foto: Daniel Ramalho / Vasco da Gama

Até agora, o Vasco da Gama não possui nenhum atleta mencionado na Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público, que investiga o envolvimento de jogadores em um esquema de manipulação de resultados no futebol. Por isso, o departamento jurídico do clube aproveitou para reunir e instruir os seus jogadores sobre a atividade de apostas esportivas.

Além disso, o clube carioca orientou os jogadores a como agir em caso de aliciamento de terceiros. Depois da palestra ministrada no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa, o elenco recebeu uma cartilha elaborada pelo departamento jurídico que precisa ser seguida à risca.

Neste documento, dentre vários pontos, que os jogadores não devem jamais aceitar ofertas relacionadas a apostas e, em caso de contato de terceiros, o atleta necessita comunicar o clube imediatamente.

Torcida aprovou iniciativa do clube de orientar o elenco sobre as apostas esportivas

Os torcedores aprovaram a medida tomada pelo clube, que compartilhou registros da reunião nas redes sociais. Afinal, casos estão se multiplicando diariamente e nomes como do atacante Alef Manga, atualmente no Coritiba, Pedrinho e Bryan García, do Athletico-PR, foram adicionados às investigações recentemente.

Operação Penalidade Máxima

No total, 16 pessoas foram indiciadas na segunda fase da operação Penalidade Máxima, dentre elas, sete atletas: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

Nesta etapa, quatro jogadores citados no esquema admitiram envolvimento e não foram denunciados: o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, o lateral-esquerdo Moraes, do Atlético-GO, o volante Nikolas Farias, do Novo Hamburgo-RS, e o atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.

Já na primeira fase das investigações, o Ministério Público acatou a denúncia de oito atletas que se tornaram réus no esquema. Conforme o site Hoje em Dia, os jogadores envolvidos podem pegar uma punição entre três a oito anos, mais multa, por prática de organização criminosa e outra de oito a 12 anos, por corrupção ativa.