Regulamentação das apostas esportivas é positiva, mas gera preocupação entre integrantes do setor
Foto: Divulgação / Santos FC

Em um país aficionado por esportes, especialmente por futebol, o setor de apostas está ganhando cada vez mais popularidade e a questão agora está na conclusão da regulamentação das apostas esportivas. Hoje, as marcas seguem isentas de qualquer tipo de taxação no Brasil. A intenção do Governo Federal é compensar a perda de arrecadação, com a elevação da isenção do Imposto de Renda.

“Para a população, de uma certa maneira não vai existir uma grita, porque tem aumento de tributação na aposta online, que já paga em outros lugares do mundo e não paga no Brasil. Na verdade, o que o governo quer fazer é aumentar a arrecadação dele. Tem um furo na tributação brasileira, que é não taxar esses sites de apostas”, explicou o economista Ricardo Mello. Segundo o especialista, a previsão da taxa varia entre 10% a 20%: “Se estima que a arrecadação seria de R$ 2 a R$ 8 bilhões”.

A tributação deve acontecer por meio de uma medida provisória nas próximas semanas e a nova regulamentação de apostas esportivas deve exigir que as empresas tenham sedes no país. Em entrevista à Jovem Pan News, o influenciador DK Trader, afirmou que a regulamentação do setor é positiva, mas é necessário avaliar algumas condições.

“Atualmente, no Brasil, a gente tem aproximadamente 450 casas de apostas. Fica muito difícil manter um controle sem que tenha a regulação do órgão, que no caso é o governo. Mas tem que ver os pontos que eles vão fazer, se não vai prejudicar os apostadores. Tem muitas pessoas que estão tendo uma renda extremamente satisfatória desse mercado”.

Executivo do setor avalia regulamentação das apostas esportivas como algo indispensável

Thomas Carvalhaes, executivo da Vai de Bob, concorda com o apostador profissional e avalia a alteração como algo essencial para o país. “No caso de apostas esportivas, que é o caso que estamos lidando no Brasil. É importante que até então, na ausência de uma regulamentação, essa casa tenha uma licença emitida por alguma entidade que já é reconhecida no mercado global”, afirmou.

“Independente de regulamentação, ou não, a gente tem visto que a indústria de apostas esportivas brasileira vem crescendo, porque o mercado vem demandando. O brasileiro vem se acostumando com a questão de apostas esportivas e quer a regulamentação”, finalizou Carvalhaes.