Jogador investigado por suposto esquema de manipulação de resultados alega inocência
Foto: Victor Souza/Tombense

Réu pela suposta participação em esquema de manipulação de resultados na Série B do Campeonato Brasileiro em 2022, o zagueiro Joseph, se pronunciou pela primeira vez. O atleta, que está sendo investigado pela justiça, falou pela primeira vez em entrevista ao GE.com.

O jogador de 28 anos alega inocência, afirma que não realizou o pênalti contra o Criciúma de forma proposital e nega ter sido chamado para atuar em qualquer esquema de apostas e recebido dinheiro para favorecer alguém. “Nunca recebi qualquer benefício econômico para participar de qualquer esquema de apostas”, disse ao GE.

Para o jogador, o afastamento e a rescisão contratual definidas pelo Tombense foram decisões precipitadas. Além disso, ele ressaltou que o clube não ofereceu assistência jurídica enquanto ainda estava vinculado ao Alvirrubro.

“Em relação ao afastamento por parte do Tombense, eu vi como uma atitude no mínimo precipitada adotada pelo clube. Eles não sabem detalhes da investigação, até porque o processo corre em segredo de justiça e, mesmo assim, mesmo sem eu sequer ter sido indiciado, me afastaram de todas as atividades do clube”, afirmou.

Conforme o GE.com, o presidente do clube Lane Gaviolle respondeu que quando o caso veio à tona, Joseph informou ao clube que já tinha advogado. Ainda segundo o dirigente, a equipe mineira forneceu assistência jurídica e se colocou à disposição do atleta para auxiliá-lo no que precisasse.

O jogador está sendo investigado pelas autoridades por ter feito um pênalti no jogo diante do Criciúma, válido pela 38º rodada da segunda divisão, supostamente em função de um acordo com um grupo que lucraria com a ação em casas de apostas.

“Lance corriqueiro e comum de qualquer partida. Quem é do futebol sabe que situações em jogos acontecem tal como foi o pênalti cometido. Basta rever o lance, foi um lance de disputa de bola ao qual eu estava marcando o meu adversário”, explicou o Joseph.

Entenda o caso investigado por suposta manipulação de resultado

O Ministério Público de Goiás está apurando o suposto caso de manipulação de resultados na operação ‘Penalidade Máxima’. As apostas eram casadas e era necessário que as penalidades acontecessem nos primeiros tempos dos jogos entre Sampaio Corrêa e Londrina e Vila Nova-GO e Sport.

Se isso ocorresse, os atletas supostamente envolvidos que cometeram os pênaltis receberiam R$ 150 mil no total, R$ 10 mil somente por aceitar fazer parte do suposto esquema e outros R$ 140 mil com o eventual acerto da aposta. A jogada não deu certo, porque não houve penalidades nos primeiros tempos das três partidas.