COI se une a casas de apostas para ampliar fiscalização e proteger integridade esportiva

A expansão da indústria de apostas está ocorrendo em ritmo acelerado em todo o planeta. Nos Estados Unidos, os estados que já possuem mercados regulamentados estão batendo recordes mensalmente e as demais regiões estão trabalhando para aprovar suas regras e aderir a esse segmento em breve. No Brasil, a situação também está caminhando e a previsão do governo é finalizar o processo regulatório a tempo da Copa do Mundo.

Por isso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) está se movimentando para acompanhar com mais atenção esse crescimento do mercado de apostas. O avanço das apostas online faz com que a entidade precise monitorar todos os desdobramentos visando proteger a integridade do mundo olímpico.

O líder de engajamento do COI junto aos Comitês Olímpicos Nacionais, Lenny Abbey, representou o COI durante o Congresso Olímpico Brasileiro, promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) na cidade de Salvador, na Bahia.

Em entrevista ao GE.com, Abbey adiantou que pesquisas estão sendo realizadas para assegurar um jogo limpo. “Estão crescendo (casas de apostas) cada vez mais. E é uma área que até recentemente não estava se dando atenção”, afirmou Lenny Abbey.

COI se aliou à empresas de apostas antes dos Jogos de Inverno

Antes do início das Olimpíadas de Tóquio, no ano passado, o Comitê Olímpico Internacional efetuou um levantamento para compreender todo o impacto das apostas esportivas no movimento olímpico. “O COI tem feito uma série de medidas”, frisou Abbey.

Entre as medidas citadas por Abbey, a entidade resolveu estreitar a sua relação com empresas desse mercado. Neste ano, às vésperas dos Jogos de Inverno de Pequim, o COI se uniu a casas de apostas internacionais com o objetivo de aumentar a fiscalização e evitar possíveis manipulações de resultados.

Olimpíadas sustentáveis

O integrante do COI participou do Congresso em Salvador para detalhar a Agenda 2020+5, documento que reúne pontos aprovados pela entidade em 2021 para direcionar o movimento olímpico até 2025. Isso porque o Comitê Olímpico Internacional está focado em promover competições mais responsáveis e sustentáveis.  

“Temos uma responsabilidade: fazer os eventos de uma forma sustentável, responsável. Sustentabilidade é uma realidade do mundo”, concluiu Abbey.