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A Associação de Futebol da Inglaterra (Football Association/FA) não permitirá mais que casas de apostas transmitam ao vivo quaisquer jogos da Copa da Inglaterra (FA Cup), uma vez que a FA finaliza a venda de um novo acordo de direitos televisivos para sua principal competição.

A associação pretende alterar seu acordo de 2017 que permitiu à agência de direitos de mídia esportiva, IMG, vender pacotes individuais de transmissão ao vivo da FA Cup para seis casas de apostas.

No último Natal, a FA foi desacreditada, pois o Daily Mail descobriu que os 23 dos 32 pacotes da terceira rodada da FA Cup – que não haviam sido transmitidos pela TV – haviam sido disponibilizados para transmissão ao vivo através do aplicativo desktop e mobile da Bet365.

Em 2017, a FA havia concordado com um acordo de seis anos com a IMG que permitia a venda dos direitos de transmissão para as casas de apostas a partir do início da temporada 2018/19. O acordo não deve terminar até o final da campanha 2023/24.

Porém, o atual conflito viu o então Ministro dos Esportes do DCMS, Nigel Adams, ordenar à equipe executiva da FA que revisasse imediatamente os acordos de direitos de mídia da Copa.

Leicester City wins its first FA Cup trophy, beating Chelsea 1-0 thanks to  Youri Tielemans' stunning strike - ABC News
Leicester City foi o último vencedor da FA Cup. Foto: Reuters / Matthew Childs

O órgão regulador da indústria, o Conselho de Apostas e Jogos (BGC) respondeu às críticas, sublinhando que “os apostadores nunca haviam procurado manter direitos exclusivos de exibição dos jogos da Copa da FA”.

As casas de apostas esportivas em questão ofereceram imediatamente seus pacotes IMG para serem exibidos por emissoras de TV, permitindo que todos os jogos da Copa FA fossem exibidos livremente para o público em geral.

O Times informou que o subsecretário do DCMS Chris Philip, encarregado de supervisionar as reformas do setor de apostas, se reunirá com os líderes do futebol para “deixar clara” a posição do governo sobre patrocínios relacionados a apostas.

Espera-se que a Premier League e a EFL solicitem ao governo para não proibir o patrocínio de camisas por operadores de jogos de apostas. Entretanto, uma proibição direta ou uma reforma abrangente dos deveres de patrocínio de apostas foi aceita como um certo resultado da revisão da Lei de Apostas de 2005.