Casas de apostas possuem parcerias com 19 dos 20 clubes da Série A do Brasileirão
Foto: Bruno Corsino / Atlético-GO

O Brasil não possui o status de “país do futebol” à toa. Com cinco títulos mundiais e uma população bastante apaixonada pela modalidade, o país é visto pela indústria mundial de apostas esportivas como um mercado com imenso potencial. Por isso, as casas de apostas estão optando por investir no futebol nacional.

Com o processo de regulamentação do mercado brasileiro em andamento, a expectativa do Governo Federal é que a questão esteja totalmente resolvida até o próximo ano. Sendo assim, as parcerias entre equipes de futebol e empresas do segmento de apostas estão crescendo consideravelmente ano a ano.

De acordo com reportagem do Radar Econômico, da Veja, os sites de apostas já contam com parcerias oficiais com 19 dos 20 clubes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, principal competição de futebol do país.

Casas de apostas já patrocinam mais de 80% dos clubes de futebol

O Botafogo anunciou na sexta-feira o patrocínio da EstrelaBET que vai estampar a manga de suas camisas. Com o Botafogo, 33 dos 40 clubes dos principais clubes do país são agora patrocinados por casas de apostas.

Segundo levantamento do advogado Eduardo Carlezzo, na séria A, 19 das 20 agremiações são patrocinadas por casas de apostas. Apenas o Cuiabá não tem esse tipo de patrocínio. Já na Série B, são 14 times. Carlezzo explica que, em 2018, o governo Temer sancionou a lei para que fossem criadas regras para o licenciamento da exploração de apostas esportivas de quota fixa no Brasil.

Em julho deste ano, o Congresso corrigiu uma distorção na cobrança de impostos nas casas de apostas. Antes os impostos incidiam sobre a receita total, sem levar em conta a premiação paga aos apostadores, agora a cobrança será pelo Gross Gaming Revenue (GGR), que é justamente a diferença entre a arrecadação bruta e a premiação paga.

“Ao fazer isso o Brasil fica em linha com as melhores práticas tributárias do setor, favorecendo a legalização do mercado e dificultando um pouco mais a proliferação do mercado negro”, diz Carlezzo.