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Fonte: Getty Images

Analisando as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, programas esportivos e tudo o que envolve o futebol no país pentacampeão, conseguimos enxergar um mundo novo e que pode, porque não, ajudar o esporte bretão à sair do “senso comum”. Estou falando dos sites de apostas esportivas!

Essa turma veio para ficar e conquistar mercado. Desembarcaram no país do futebol de mala e cuia e pretendem se estabelecer em terras tupiniquins.

Num país com aproximadamente 210 milhões de habitantes (segundo dados do IBGE) e com uma população apaixonada por esportes (principalmente o futebol), os gringos acreditam estar chegando em um dos mais promissores países para os jogos do mundo.

Podemos dizer que estão “Descobrindo o Brasil”, 519 anos depois da vinda de Cabral e suas caravelas.

A “colonização”, por sua vez, se deu após sancionada a Medida Provisória pelo então Presidente da República Michel Temer, em dezembro do ano passado, onde pode assim, ter despertado o “Gigante Adormecido”.

Ainda meio sonolento e sem saber o que fazer, o mercado atacou o principal produto consumido pelo torcedor. O Campeonato Brasileiro de futebol.

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Embora sua estrutura para o mercado regulamentado tenha o prazo de dois anos, podendo ser prorrogáveis por mais dois, a bola já está rolando.

Segundo dados coletados por especialistas, o brasileiro JÁ JOGA em sites hospedados fora do território nacional. Sites adaptados para acolher e receber bem o apostador/torcedor brasileiro, com um português melhor do usamos habitualmente.

Estimativas mostram que o Brasil poderia faturar, apenas em impostos, a quantia equivalente a R$ 40 bilhões por ano. Essa quantia termina na mão de estrangeiros que se beneficiam da paixão do nosso torcedor. Gol da Alemanha!

Segundo analistas, há um entusiasmo inexplorado pelos jogos no país e essa quantia poderia dobrar, triplicar quem sabe, com propagandas e campanhas publicitárias.

De olho nesse futuro, “que pode ser logo alí”, alguns operadores já estão se posicionando e marcando território, para se beneficiar de um mercado regulamentado no país. É a velha história do:

“Quem Chega Primeiro Bebe Água Limpa”

Seguindo o ditado popular, Bodog, Marjosports, 1xBET, NetBet, Tempobet e Yourbet (presente na 20ª rodada do campeonato) já não são mais desconhecidas para o torcedor brasileiro.

Suas placas de publicidade dominam o entorno dos gramados brasileiros e nenhum outro segmento investe mais no futebol do que as apostas esportivas. Hoje, dos vinte clubes da elite do futebol brasileiro, onze já possuem algum tipo de contrato com esse mercado emergente.

O Brasil segue exemplos de fora, como o Campeonato Espanhol e a Premier League (para muitos o campeonato mais bem organizado do mundo), que “abusam” do direito de colocar marcas de casas de apostas em seu produto principal, seja dentro ou fora de campo.

Não estou sendo ingênuo de dizer que só isso basta para o mercado, tanto do futebol, quanto das apostas, mas pode ser o pontapé inicial para um novo tempo no esporte brasileiro.

Enquanto isso, em relação à regulamentação, o mundo segue atento e ansioso para saber qual será o futuro do quinto país mais populoso do planeta. As apostas já são uma realidade, o que precisa agora, é o Brasil acordar para isso.

Quem aposta que o Brasil vai ganhar e muito com isso?